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Nomes relacionados a tucanos começam a aparecer no escândalo de sonegação do HSBC

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O Banco Máxima, de Saul Sabbá, citado no Offshore Leaks e relacionado aos tucanos, assessorou o Programa Nacional de Desestatização do governo FHC. Participou de privatizações de empresas de energia e, depois, controlou fundos de investimento de empresas de telefonia privatizadas (como também fazia o Opportunity de Daniel Dantas).
O texto abaixo é de Miguel do Rosário, no Cafezinho.

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Os internautas acharam um nome genial para popularizar o escândalo de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal das contas de 8 mil brasileiros achadas no HSBC da Suíça.

Suiçalão!

Quem sabe se, com esse nome atraente ao público, o UOL não divulga os nomes que estão sendo mantidos em segredo, à diferença do que vem acontecendo no resto do mundo, onde as listas dos beneficiários estão vazando?

Os brasileiros tinham aproximadamente R$ 20 bilhões em contas no HSBC da Suíça.

Enquanto a mídia não se interessa, a blogosfera está indo atrás.

Alguns nomes, de brasileiros com contas no HSBC da Ásia, já vazaram, conforme se pode ver neste link.

A divulgação dos nomes ajudaria o Brasil a fazer uma campanha contra a sonegação, o maior problema do Brasil, bem maior, em escala, do que a corrupção, apesar da nossa mídia nunca abordar o tema.

Fernando Rodrigues, do UOL, disse que só iria divulgar os nomes que apresentassem “interesse público”.

Pois bem, o blog Megacidadania encontrou um nome de correntista do Suiçalão que apresenta “interesse público”.

Saul Sabbá.

Hoje dono do banco Máxima, Saul Sabbá está no banco de dados do site Off Shore Leaks, de responsabilidade do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

A sua conta secreta está ligada à offshore Maximizer International Bank S.A.

Máxima, Maximizer, sacou?

O banco de dados do Off Shore Leaks mostra o Maximizer, por sua vez, ligado a vários outros nomes.

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Entre os nomes, o escritório Zalcberg Advogados Associados, cujo sócio Chaim Zalcberg, que também aparece no mapa do Offshore Leaks, já foi preso pela Polícia Federal, em 2012, na Operação Babilônia, suspeito de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Zalcberg seria o cabeça da quadrilha, segundo a PF.

Aliás, é interessante lembrar que a PF já prendeu gente por lavagem de dinheiro e evasão de divisas… Pena que a mídia não dá ibope para esses casos, talvez porque ela mesmo seja uma grande sonegadora.

Sabbá é um daqueles tucanos que engordaram na privataria tucana: foi assessor de FHC no devastador processo de desestatização conduzido em seu governo. O seu banco deu consultoria para FHC na privatização da Vale e da CSN.

Agora só falta o UOL ter a generosidade de revelar quantos milhões de dólares Sabbá e seus colegas do Maximizer, todos “brasileiros honestos”, guardavam em suas contas secretas do HSBC.

Aliás, por falar em privataria, um internauta hoje nos brindou com uma deliciosa recordação: um artigo de Eliane Cantanhêde sobre a Petrobrás, de 1999.

Era o tempo em que os jornais falavam sobre a privatização das principais estatais com incrível naturalidade.

Cantanhede faz uma revelação bombástica no artigo: “Para ficar ainda mais claro: o que resta de equipe econômica está de olho gordo sobre a Petrobrás (“joia da coroa”), o Banco do Brasil e até a Caixa Econômica Federal.

Esses são os “brasileiros honestos” que pretendem privatizar a Petrobrás, para livrá-la do demônio petralha…

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