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O Ministério da Saúde e a política (propaganda) da enganação!

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Agência Brasil

A enganada enganação do Ministro da Saúde contrasta com O Sistema Único de Saúde – SUS que é bem avaliado em vários indicadores internacionais, sobretudo quando se refere aos procedimentos de alta complexidade, muitos deles não cobertos pelos planos de saúde.  Outro indicador importante são as ofertas de medicamentos de alto custo, de forma gratuita que proporciona a muitos brasileiros a oportunidade de realizar seus tratamentos.

Este cenário favorável não é postovilajacareencontrado no pronto atendimento das unidades básicas de saúde e muito menos nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). No Brasil ainda se vivência a dramática realidade de pacientes que se são submetidos a madrugar nas portas de postos de saúde a espera de uma “ficha” para marcação de consultas médicas para clínicos gerais. Se forem encaminhados para algum especialista ou mesmo para realização de exames laboratoriais ficarão meses esperando por um possível atendimento.

A espera indefinida é muitas vezes acalentada por servidores que recomendam graciosamente procurar a rede privada, dando dicas inclusive de locais mais baratos nos mercados locais.sus

Quando a especialidade é odontológica (limpeza, obturações, restaurações, etc.) ai sim a situação é de calamidade pública, quando não inexistente, pois o Brasil conta com 1.018 centros de Especialidades Odontológicas, com capacidade média de atendimento em torno de 900 mil pacientes por mês. O que isso significa? Tendo o Brasil 200 milhões de habitantes! Significa que a pífia capacidade de entendimento odontológico do SUS fere a própria constituição ao negligenciar ao cidadão o seu direito de sorrir e viver com dignidade.

Pensando nisso o Ministro Arthur Chioro assinou ontem, 05/8, portaria que segundo ele será um “grande avanço na ampliação do acesso a saúde bocal do Brasileiro” com abertura de 15 Centros de Especialidades Odontológicas, em universidades, ainda este ano, e até o final de 2015, mais 30 clínicas especializadas, todas elas, com capacidade de atender 400 pessoas por mês. Esta ação não significa NADA, para uma população de 200 milhões de habitantes, que terão uma “ampliação” total de 6 mil atendimentos mês em 2014. Um acréscimo de 0,0003% em relação à população total de brasileiros.

Anunciar um projeto emergencial, pontual e paliativo é muito, mas muito diferente de um grande avanço na ampliação de atendimento odontológico do SUS. Alguém tem que avisar ao excelentíssimo Ministro que inaugurar obra inacabada de hospital talvez traga mais retorno midiático do que tentar tapar o sol de 40°com uma peneira, e ainda mais rasgada…