Há algo que a chapa liderada pelo PMDB teme: a militância do PT, um ativo que nenhuma outra agremiação do Rio Grande do Norte possui.
Por que a militância do PT é forte? Ora, porque enquanto o PMDB precisa contratar agitadores privados, “doar” combustível e pagar para que o mesmo adesive o carro, participe de uma carreata; o eleitor do PT faz tudo isto gratuitamente. E não há nada de extraordinário. O motivo é simples: por entender que está apoiando o melhor projeto político. É um agente que não economiza forças.
Tal dado se tornou ainda mais relevante com a chegada das redes sociais. E o militante digital de esquerda mostrou sua importância, catapultando, em 2012, o candidato Fernando Mineiro no Twitter. Por pouco Mineiro não foi para o segundo turno. Esta militância, para 2014, foi encorpada com o ingresso do PCdoB na coligação de oposição. E não resta dúvida de que dará bastante trabalho.
O conglomerado liderado por Henrique Alves, preocupado com o fato, já mandou o seu recado: divulgou amplamente a contratação de uma empresa especializada em monitoramento de redes sociais.
O gesto aparentemente banal tem um sentido claro – ameaçar o eleitor engajado e, de quebra, impedir que internautas ligados aos liderados de Henrique não se sintam tranquilos em dizer que não votarão no chapão. Um dado concreto.
Há, por exemplo, cargos comissionados de Prefeituras, assessores de gabinetes de parlamentares e de outras instituições hoje sob o batuta de Henrique, que vinham veiculando questionamentos em seus facebook e twitter sobre a forma como o PMDB contrai apoios para a campanha. E mais: o modo como, de repente, Henrique se tornou o responsável por toda e qualquer obra – nem iniciada, às vezes – no RN.
O gesto foi de clara intimidação. Resta saber se surtirá algum efeito.
A conferir.
