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Por uma esquerda menos inconsequente!

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Quando a inconseqüência agride a honra e descobre a razão…

 

Quem acompanha o noticiário sobre o debate que se instaurou sobre a necessidade de aumento dos salários dos cargos comissionados e o não cumprimento da Data-Base – que o prefeito se nega a cumprir – viu a destemperança de uma esquerda que não mede as consequências dos seus atos, nem enxerga um palmo a sua frente. Avaliar a conjuntura é pedir demais.

O descomedimento da atuação de Marcos do PSoL ridiculariza a esquerda e o parlamento. A falta de apuro do que se passa, do que significa e do que se destina cada requerimento, emenda, projeto de lei e comissões faz com que reflitamos sobre o sentido da representação. Já que está dita esquerda sempre se arvora o “destino” de “qualificar” o debate.

Quando, por exemplo, outros vereadores, das mais diversas matizes ideológicas, por humildade ou por vocação, se restringem a serem ‘apenas’ – o que não é pouco – intermediários entre as comunidades ou categorias e o poder público. Esta esquerda nem isso.

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Extrema esquerda na Câmara tem atuado com destempero e utilizando táticas centradas em ofensas e ataques pessoais

Expresso tudo isto diante da situação vexatória que presenciei estes dias ao abrir o Jornal de Hoje e o Blog do BG, e ver naquelas linhas ataques descabidos e desproporcionais a uma representante sindical. Ação digna das falas de vereadores da dita direita. Sob fanfarronice atacava a tática utilizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Natal, mas não atacava o conteúdo, atacava a figura da presidente. Uma baixaria desnecessária a um representante do povo.

O vereador do PSoL não mede as palavras, não mede os escrúpulos. Para ser o centro dos holofotes utiliza-se dos mais diversos subterfúgios e artimanhas.

No dia 12/05 leio no jornal e blog, conhecidos defensores das causas mais atrasadas da sociedade, as palavras mais leves do edil:

“Lamento muito a posição da presidente do Sinsenat, que no meu entendimento, não sei se é de absoluta miopia, MALÍCIA ou MÁ-FÉ. Mas, ela adotou uma POSIÇÃO QUE CERTAMENTE PREJUDICARÁ o conjunto dos servidores quando compactua com o requerimento apresentado pela vereadora Júlia Arruda”.

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O vereador Marcos Antônio (PSOL) atacou uma representação sindical, classificando-a como ingênua, maliciosa ou que agia de má fé por ele não concordar com um requerimento apoiado pelo Sindicato. Depois votou a favor do mesmo documento que antes ele havia criticado.

Segundo, ardilosamente escamoteia a proposição do requerimento e imputa a posição do sindicato de mero subordinado à reboque das ações da prefeitura e de sua bancada, quando o que aconteceu foi uma jogada do sindicato diante da constatação da situação em que a proposta do prefeito tinha maioria, e era preciso agir para garantir a continuação das negociações. Logo, o requerimento que Julia Arruda apresentava, era uma proposição do próprio sindicato.

Terceiro, é o crime da soberba ou da má-fé, não da presidente do sindicato, mas do vereador que joga com palavras para atacar a honra e a conduta, não só de Soraya, mas de toda uma direção. Ainda bem que as idéias encontraram a razão e o vereador votou justamente no requerimento proposto.

Mas o pior, o vereador teve preguiça em compreender o cenário da disputa, atacou a honra alheia e desfigurou publicamente a tática de uma categoria, destilando todo o seu veneno com caneta paga a direita mais torpe da mídia potiguar, jornal de hoje e blog do BG. E no final, votou, justamente, na mesma proposta.

Será que o vereador pagará matéria para repor a honra que atacou? Será que palavras ditas voltam atrás?