Marina Silva, provável vice do presidenciável Eduardo Campos, condenou a aproximação entre Wilma de Faria e Henrique Alves na chapa que foi anunciada nesta última sexta feira (28). Marina Silva está filiada ao PSB de Wilma e defende alianças “éticas” e “programáticas” para os socialistas. Para além do palavrório oco, há um dado concreto. A afirmação de Marina tem um elemento estratégico gerador de insegurança política para a formação: Henrique Alves para o governo, Wilma de Faria senadorável e João Maia, que será o vice na composição. A fala da ex-pevista pode virar álibi para uma possível ruptura posterior. Afinal, já disse um florentino que acordos foram feitos para serem quebrados.
A “guerreira” ainda articula a sua candidatura ao governo do RN. Sem dúvida, que ser governadora pela terceira vez é um sonho que ainda mexe com ela. E, em que pese toda a festa, confete e passamentos, o anúncio de sua candidatura ao senado foi bastante tímida. Sequer mencionou que postula tal posto.
Não é segrego para ninguém que a dita cuja tentou, por todas as vias, postergar sua decisão para depois de 04 de Abril, data limite para a desincompatibilização daqueles que ocupam cargos públicos e desejam participar das eleições. O momento é significativo, pois se Garibaldi Alves não entregar sua carta de demissão do ministério da previdência até este dia estaria fora do pleito.
Wilma teme Garibaldi num enfrentamento majoritário, mas não Henrique. E o medo de alguns bacurais é o de que a pessebista tenha marcado presença nos comes e bebes da sexta só para “enrolar” o anfitrião, tranquilizar o PMDB, para, em seguida, com Garibaldi bem alojado no primeiro escalão federal, se lançar ao palácio governamental.
Com as convenções – de fato, oficializadoras das coligações – marcadas para o fim de junho, há quem defenda a exoneração de Garibaldi. Por uma questão de precaução. Faz algum sentido.
CRAQUE
Wilma de Faria foi quem melhor jogou nesse período pré-eleitoral. Colocou o forte PMDB nas cordas. Resta saber se o eleitor não irá se engasgar com PMDB, PSB, PR e DEM na mesma arca. Isto se a nau embarcar com todos juntinhos.
PSD-PT
Todos à espera da definição da outra chapa competitiva.
