O líder do DEM-RN externou raro desespero. Em entrevista a um jornal da cidade, o senador José Agripino (DEM) rifou o casal Rosado, falou pelo PMDB quase implorando apoio. E ainda alegou ser natural votar em Wilma para o senado. Irreconhecível.
Mas o aperreio tem explicação. Agripino precisa viabilizar a reeleição para câmara federal do seu filho, Felipe Maia, além dos deputados estaduais de sua agremiação. O partido dos Alves tem a condição de garantir o coeficiente necessário para tanto e já sinaliza com o bote salva vidas.
As chapas só estarão, de fato, fechadas quando estiverem devidamente registradas. Até lá impera o laboratório. Porém, o que se desenha é a renovação do pacto “RN três vezes mais forte”, um dos lemas da coligação liderada, em 2010, por Rosalba Ciarlini, Garibaldi Alves e José Agripino, sendo que com Wilma de Faria também na boleia e Henrique no lugar da ex-prefeita de Mossoró. Posições alteradas, peças semelhantes.
O discurso também já é conhecido. Não falam “para fazer o RN acontecer”, slogan de campanha da antes chamada de “Rosa”. Agora, o tom é o do pacto pela “reconstrução”. E sem “radicalismos”. Apesar das palavras diferentes, o sentido empregado é basicamente o mesmo.
JÁ VENCEU?
O presidente da Câmara, Henrique Alves, figura política inegavelmente habilidosa e com bons recursos de persuasão, articulou tudo o que pôde para entrar na eleição para o governo do estado com a vitória já dada, ou seja, ser governador sem enfrentar um oponente durante o pleito. Não sejamos bobos, o risco zero é o sonho de todo candidato. Mas, às vezes, é preciso também combinar com o eleitor.
DISPUTADA
Rosalba não é disputada enquanto candidata, mas o seu apoio, sim. É que ela, enquanto governadora, possui, como se diz vulgarmente, “estrutura”. E, ao que parece, já fez sua escolha.