Há 60 anos que falam na “união da classe política” para o RN crescer.
Pura retórica. Até parece que, de uma hora para outra, os projetos se juntarão alegremente e os interesses antagônicos serão esquecidos.
Mas agucemos o devaneio alheio. E se fosse possível? Ora, se tal aproximação acontecesse ocorreria, na verdade, uma tragédia.
Imagine um governo com todo mundo dentro, sem contraponto, sem questionamento? Pior. Sem a disputa democrática oxigenadora? Um governo Rosalba sem a qualificada oposição do deputado estadual Fernando Mineiro?!
Deixem esse delírio para lá.
Alias, nos DCEs isso é levado em conta e o fato é que a disputa se torna desinteressante. Os incentivos para o debate minguam. Afinal, ganhando ou perdendo, todo mundo estará num heterodoxo “colegiado”. A instituição sai enfraquecida e as lideranças não são mais formadas.