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Albert Dickson: o presidente ausente

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O vereador Albert Dickson (Pros) inventou um novo modo de gerir a Câmara Municipal do Natal: mantendo distância dela. Em 2013, se notabilizou por, simplesmente, não comparecer às sessões. E, quando chegava, falava como quem não estava por dentro do assunto.

albert-dickson.-918x1024Não se sabe ao certo quantas vezes faltou. Idem para os demais vereadores. É que a CMN não cumpre a Lei de Acesso à Informação em sua integralidade.

O número, se publicizado, traria constrangimento a outros parlamentares. Mais. Colocaria em xeque o mandato de alguns dos ditos cujos. O regimento interno da casa prevê um limite máximo de ausências por ano.

Como não há espaço para vácuo, a ausência do presidente hipertrofiou ainda mais o papel do líder do prefeito na câmara, o habilidoso Julio Protásio (PSB). O liderado (?) de Wilma deu a linha nos principais assuntos da CMN.

Ainda assim, estranhamente, um comitê de jornalistas escolheu o referido presidente como o segundo parlamentar do ano.

O campeão? Rafael Motta (Pros). Este foi pinçado pelos herdeiros de Gutemberg, talvez, pela bela campanha que já faz pelo interior do Rio Grande do Norte para deputado federal, dado que não tem condições de influenciar a casa. Ele pouco comparece também. A política ainda depende bastante da conversa olho no olho. O trabalho de bastidor não se faz via telefone, facebook, twitter ou WhatsApp.

E a tocada irá permanecer. É pouco provável que, em ano eleitoral, Dickson mude o tom de seu jeito de (não) administrar a casa. Ele é provável candidato a deputado estadual.

Franklin Capistrano, o sucessor de Dickson na presidência da Câmara, a partir de 2015, pode começar inovando por aí. Na verdade, voltando ao tradicional.

Já ia esquecendo. Ontem foi aprovada a Lei Orçamentária Anual (LOA), que irá reger todo o planejamento da Prefeitura em 2014. Algo bem importante. E Albert Dickson, mais uma vez, não respondeu presente.

OUTRO LADO: O DOS QUE REALIZARAM…

Sei que meus amigos não vão gostar do que vou falar, mas o deputado federal e presidente da câmara federal, Henrique Alves (PMDB), poderia servir de exemplo. Efetivou muito bem o papel de fortalecer o legislativo. E, em que pese à retórica de um mágico ator chamado “as ruas”, que desconsidera o tempo do debate democrático e quer tudo pra ontem, aprovou projetos relevantes para o país.