Amanhã acontece a audiência final do julgamento do professor Felipe Serrano, acusado de ter incendiado um ônibus no protesto da Revolta do Busão em 18 de setembro de 2012.
Na primeira audiência, que você pode ouvir aqui (parte 1) e aqui (parte 2), duas informações interessantes emergiram.
A primeira: o motorista que fez o reconhecimento de Felipe na delegacia negou em juízo tê-lo visto no local. Havia sido pressionado para realizar o reconhecimento.
O outro ponto foi a admissão por parte do PM que realizou a abordagem e a prisão de que as polícias militar e civil utilizam-se de agentes infiltrados nas manifestações sociais.
Neste post, publico carta do padre Francisco de Assis Fernandes Gomes que relata a violenta abordagem que sofreu Felipe. Já dominado e algemado, diz o padre, o professor continuou sendo espancado.
Abordado pelo padre, um dos PMs pediu perdão, admitindo haver errado. Outro questionou o fato de a sociedade nunca estar satisfeita com a ação policial. “Faça seu trabalho direito e ninguém vai lhe criticar”, disse padre Francisco.