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Sintomas da Anemia Administrativa

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Caos na saude publica do RN reflete a gestao anemica de Rosalba CiarliniApós anos ausente em apresentar soluções para os problemas do Estado que prometeu administrar, a Administração Ciarlini surge com a bombástica e alarmante declaração de que o Estado está falido. Esse mesmo Estado que apresentou recordes de arrecadação há pouco mais de 8 meses, o mesmo Estado cuja administração destina e tenta gastar 40 milhões em publicidade, enquanto escasseia a verba da segurança pública, da saúde e da educação, o mesmo, cuja gestão gasta dinheiro para a Governadora viajar de jato ao Rio de Janeiro, para participar de um evento sem contrapartida para o Rio Grande do Norte…

O Estado Elefante não tem mais como sobreviver? O sistema circulatório desse organismo vivo está realmente anêmico? Ou tudo seria um grande estratagema para declarar moratória e tentar mascarar verbas desviadas?

É difícil acreditar que numa semana Rosalba Ciarlini destine o local onde está situada a administração da Polícia Civil no Estado para ser transformado em Arquivo Morto, com destinação de verba prevista para 30 milhões de reais e duas semanas depois declare falência.

Outra situação interessante e que desperta o ceticismo sobre a falência declarada da Administração Ciarlini seria a desculpa do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal para não nomear servidores concursados, somente atingir órgãos públicos selecionados, como a Polícia Civil, já que o mesmo não se aplica a outros que tiveram contrações no decorrer dessa gestão, que agora atinge os limites da incompetência.

De tão estapafúrdio que é o comportamento administrativo desse Governo, talvez seja hora de rir dessa situação e adotar para o Rio Grande do Norte a solução que Raul Seixas sugeriu para o Brasil na música “Aluga-se”:

A solução pro nosso povo eu vou dá
Negócio bom assim ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui é só vir pegar
A solução é alugar o Brasil!

Mas não seria tão fácil assim, porque os cidadãos potiguares não estão tão alienados como podem pensar os pressupostos donos do poder, há inúmeros centros de demonstração de insatisfação. Tanto no campo real como no campo virtual, as pessoas começam a se reunir, não mais para apresentar soluções para um governo que não possui ouvidos e nem olhos para perceber seus próprios erros, quanto mais para recepcionarem ideias, e sim para buscarem a retirada do poder dessa administração que não soube o que fazer desse poder que tanto almejou e que tanto protegeu com suas propagandas.

Os rumores estão sendo propagados, o twitaço de hoje atingiu milhares de participantes com a hashtag #‎rnquebrado sendo usada como fator agregador dos pleitos dos potiguares.

Há quem já comece a vislumbrar um pedido de impeachment para Rosalba Ciarlini, há quem já acredite que os projetos e soluções que entidades como a OAB através da campanha “Segurança Pública Responsabilidade de Todos!”, o movimento “CHEGAAA!!!” e outros devam ser preparados visando uma nova administração.

Parece que os potiguares estão começando a se habituarem a dar um basta nos representantes políticos incompetentes, como aconteceu com Micarla de Souza, e agora parece que um cenário semelhante se acerca de Rosalba.

O fato é que o Estado Elefante não está anêmico, quem está anêmica é a Administração Ciarlini, que deixou de se nutrir com bons projetos de governo e de planejamento estratégico em todas as esferas da administração pública.

O povo potiguar está alerta para que a anemia administrativa, cujos sintomas agora se apresentam de forma mais veemente pela constante falta de compromisso com a população que segue morrendo e definhando diariamente, venha a se transformar numa doença mais grave.

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SOBRE O AUTOR:

Ivenio Hermes é Escritor Especialista em Políticas e Gestão em Segurança Pública, Consultor de Segurança Pública da OAB/RN Mossoró, Conselheiro Editorial e Colunista da Carta Potiguar, Colaborador e Associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Pesquisador nas áreas de Criminologia, Direitos Humanos, Direito e Ensino Policial e Ganhador de prêmio literário Tancredo Neves.