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Assédio moral: Engenheiro civil passa seus dias sentado nos corredores da sede da Petrobras em Natal

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O engenheiro civil Florentino Teixeira Machado é empregado da Oceânica Construções e Serviços LTDA. A Oceânica é responsável pelos serviços de manutenção e limpeza na sede da Petrobras, em Natal.

No início deste ano, Florentino foi afastado, sem justificação plausível, das funções de preposto e responsável técnico da empresa no referido contrato. Passou a receber os salários com atraso e ter o plano de saúde cortado, algumas vezes, por falta de pagamento.

Florentino não poderia ser demitido por ser membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – o que dá estabilidade ao empregado de qualquer empresa no exercício do mandato. Por isso, uma decisão judicial devolveu-lhe ao serviço na Petrobras no mês de maio.

Sua luta, no entanto, não se encerrou. “Atualmente sofro humilhações diariamente, sendo obrigado a ficar sentado em uma cadeira plástica nos corredores e áreas externas, pois não me foi dado o direito a um posto de trabalho muito menos as responsabilidades profissionais anteriores, conforme decisão judicial”, diz o engenheiro.

Por meio dos registros de ocorrência do contrato é possível comprovar que em 24 de janeiro carta assinada pelo diretor da Oceânica, Marcelo José Oliveira de Vasconcelos, informava o descrendeciamento do engenheiro da função de preposto.  Após o julgamento da tutela antecipada pela justiça é o fiscal do contrato pela Petrobras, Ivanaldo Gomes de Souza, que passa a cobrar não apenas a reapresentação do empregado da contratada como também a comprovação de que os salários do engenheiro estão sendo regularmente pagos, sob pena de a Oceânica sofrer as sanções previstas em contrato.
Na ausência de um posto de serviço, Florentino passa seus dias sentado em uma cadeira plástica, nos corredores da sede da Petrobras em Natal. Sob chuva ou sol.