A marcha das vadias cumpre o legítimo direito de criticar as práticas machistas do dia a dia. Chega até a ser terapêutico, dado que o androcentrismo se naturaliza sem que a gente se toque dele.
Porém, quebrar imagem de santas católicas, como alguns de seus membros fizeram num dos eventos relacionados com a vinda do papa ao Brasil, não resolverá nada. Pior: só ergue-se um muro de ressentimento.
Tais imagens são caras aos seus seguidores, que se sentem, legitimamente, atingidos.
Não me sinto pessoalmente tocado. Mas sei que amigos, parentes e familiares mais próximos não gostam. Ora, e tem todo o direito.
Penso que tal estratégia representa um tiro no pé. Afinal, é possível combater intolerância com intolerância?
Fundamental o respeito e o reconhecimento da diferença – das nossas, mas também a dos outros.