Eu não voto em José Agripino. Mas também não vou criticá-lo porque ele não apresentou muitos projetos, como fez hoje o brasil247.com. Outro dia falaram o mesmo de Paulo Vagner. O questionamento pelo viés adotado carece de substância analítica.
É preciso esclarecer que o parlamentar não vive apenas de projetos. Há o trabalho nas comissões, no caso de José Agripino, participação no colégio de líderes, além da atuação junto às bases sociais, articulações partidárias.
O fim de semana também não é de descanso. Alguns desses profissionais fazem mais de 20 visitas no fim de semana. E não é “politicagem”. É necessário ouvir constantemente os grupos que o representante, me desculpe a redundância, representa. Tal contato, portanto, é imprescindível.
Mas o preconceito da reportagem é que o político não labora, ainda que a intenção tenha sido de direcionar contra um personagem específico.
Esse moralismo contra o José Agripino, a longo prazo, só desvaloriza o regime democrático representativo. E empobrecer os preceitos cultivados em relação a atividade política significa aplacar os meios de convivência e transformação democráticos. Depois a gente se espanta com o dito questionamentos vindo das “ruas” – esse negócio amorfo – em relação, inclusive, a própria democracia.
Manterei minhas diferenças ideológicas em relação ao presidente do DEMOCRATAS. Mas será tomando parte de modo diverso e não atentando contra a própria arena de disputa consolidada.