Foi muito legal assistir partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais nas ruas, juntos (hoje – 11), no chamado Dia Nacional de Lutas.
Não citarei nenhuma agremiação especificamente, pois não tenho a intenção de “puxar a sardinha” para o lado de ninguém.
Desejo apenas comemorar o acontecimento, atentar para algumas questões e aproveitar para desfazer “mitologias”.
Dia Nacional de Lutas – Natal – RN – reuniu cerca de 10 mil pessoas
A empiria trouxe lições.
Primeiro, é falsa a ideia de que “o povo na rua gera violência”.
É o protesto acéfalo-coxinha, que aceita todo tipo de absurdo e defende o ataque direcionado contra militantes há muito tempo acordados, que produz a desordem.
Tanto é que os tapumes pregados pelos comerciantes foram desnecessários.
A polícia não teve trabalho…
O que se deve a configuração política diversa em relação ao que ocorreu hoje em Natal-RN (e outras cidades do país). Movimento com pauta, organização e instituições democráticas não tem vandalismo.
O ato também foi educativo em outro aspecto: a presença de partidos, sindicatos e movimentos sociais não tornou a ação “instrumentalizada”, como os antipartidários, antipolíticos levantam preconceituosamente.
Ninguém foi forçado a nada. Muito menos submetido a algo que não quisesse, que não tivesse sido pactuado.
Os cidadãos seguiram a manifestação englobados por reivindicações gerais relativamente consensuadas, porém, ao mesmo tempo, também produziram suas especificidades prático-discursivas.
Ninguém precisa pensar igual.
Pelo contrário.
Cada agrupamento, com sua ideologia, luta por aquilo que almeja e tem a sua história.
Quem acredita na democracia não pode desconsiderar isso.