Search
Close this search box.

Manifestante relata ocupação da Câmara Municipal de Parnamirim

Compartilhar conteúdo:

Por Jan Cleferson, bacharel sem formatura, escritor sem livros, poeta sem palavras e rebelde sem causa

 

EXTRA! GRÁTIS! INFORMES EM PRIMEIRÍSSIMA MÃO SOBRE O ATO DE HOJE E OCUPAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL EM PARNAMIRIM!

rannier-2Nossa! Ninguém imaginava que iriamos invadir a Câmara, nem nós mesmos (risos).

Primeiro a gente se reuniu lá na praça, como foi combinado e depois seguimos pelo centro e invadimos a BR.

Paramos o trânsito por um momento e daí nós resolvemos ir para a câmara, mas o nosso foco final seria ir para a garagem da empresa Trampolim.

Só que, assim que chegamos perto da câmara, um pessoal saiu correndo e invadiu (risos), a porta estava aberta, aí depois que a galera entrou , ficamos lá, e tentamos orientar o povo, estavam eufóricos, um pouco desorganizados…

Depois que entramos, muita gente quis sair e ir pra garagem da empresa Trampolim mesmo, então a maioria das pessoas voltaram para a BR e lá entramos em acordo e fizemos uma breve plenária para ver se iríamos mesmo seguir ou ficar e ocupar.

Aí, entramos e teve uma baderna como sempre né, mas foi massa. Então o presidente da câmara resolveu falar com a gente.

Ficamos no auditório, nessa hora foi difícil manter a ordem…

Bom, chegaram para conversar e ficaram gritando sobre o prefeito daqui, (risos), o povo estava revoltado, queria falar com Maurício Marques…

Depois de ele falar lá que “aquela casa era nossa”, que eles estavam do nosso lado, e sempre deram apoio (mentira [risos]) o povo ficou com raiva vaiando.

Resolvemos fazer uma plenária e discutir propostas na hora, mostrando para eles qual era o principal problema (que no caso é a tarifa de ônibus), além da saúde educação, incentivo a cultura etc.

Com um tempo eles viram que não tinha mais como conversar com a multidão e resolveram se retirar.

Muita gente foi embora com medo da repressão policial.

Tinha muito PM fora da câmara.

Nessa hora o movimento enfraqueceu num certo ponto, pois a quantidade de pessoas para ocupar tinha diminuído.

Então juntamos os que sobraram e fizemos uma plenária, para discutir se iriamos ocupar ou não. Muita gente resolveu não ficar porque não estávamos preparados e como éramos poucos poderíamos ser iscas para os PM’s.

Portanto, marcamos uma plenária para amanhã, onde formaremos comissões de segurança que é muito importante, juntamente com outras comissões de profunda importância.

P.S.: Ei, mas a polícia foi muito pacífica, o coronel disse que estamos certo de fazer uma manifestação. Um carro da PM estava com água e picolé pra galera… Fiquei admirado.

*Os informes fazem parte de uma conversa que agora mesmo tive com uma pessoa que esteve lá presente e acompanhou os fatos com atenção ao participar também dos atos e plenárias em Natal integrando a Comissão de Segurança da Revolta do Busão.

Imagem: G1-RN