Até agora não entendi porque fazer uma pesquisa apenas com as classes A e B. Acredito que aproveitaram outra sondagem a ser efetivada para algum segmento de mercado para aplicar questões e gerar outro produto.
O fato é que o levantamento produzido pelo Blog do BG/Consult/Band/98 fm trouxe dados relevantes, sobretudo para pensar 2014:
01) A estratégia do PT local em 2012 foi acertada. Mineiro e Fátima se cacifaram para 2014 e se fortaleceram entre a classe média. Apareceram na frente nas principais simulações (governo, senado, deputado estadual e federal);
02) Outro dado relevante é o modo com que Rosalba é mal avaliada, mas o PMDB, seu balão de oxigênio, não sofre com a rejeição governista. Garibaldi apareceu bem pontuado para o governo e outro número relevante: Walter Alves ficou em terceiro na pesquisa para deputado estadual, seguido de Hermano Morais em Segundo e Mineiro em primeiro. Detalhe importante: Walter não tem recall de 2012. Resultado foi muito bom para ele.
Aprendi durante a vida, que não se consegue agradar gregos e troianos. O PMDB, não apenas faz (apoia o governo federal do PT e o estadual do DEM), como ainda atinge a façanha de sair fortalecido. Acredito que a flexibilidade PMDBista facilita o encaixe na lógica brasileira, que gera relativa autonomia entre instâncias federal, estadual e municipal.
03) Com essa estratégia exitosa, interessa ao PMDB, que surfa bem no âmbito federal e estadual, ver um PT forte no RN? Se o Partido dos Trabalhadores ficar esperando pela agremiação de Henrique e Garibaldi, engolirá mosca. É provável que as oligarquias se juntem mais uma vez para cortar os pescoços das supostas e possíveis “terceiras” forças – PT, Robinson e Wilma.
04) Robinson Faria não decola. Nos diversos cenários para governador, só ganha para Rosalba e Henrique – a primeira com 80% de rejeição e o último que nunca foi bom na majoritária.
05) Mineiro pontuou muito bem para deputado federal, estadual e governador. O dado é positivo. Mas fico me lembrando que, às vezes, numa copa do mundo só se joga com um time. O hoje deputado estadual pelo PT precisa estabelecer uma linha, como Fátima vem fazendo. A informação demora até fixar na cabeça do eleitor médio e o que é legal atualmente pode se transformar numa dor de cabeça amanhã, criar confusão na cabeça do cidadão.
Lembrando: são dados restritos as classes A e B, mas que vem sendo corroborados por outros levantamentos, que não efetivam essa cisão social social.