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Ofensa pessoal não é argumento, ou sobre a miséria da esfera pública potiguar

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Cheguei ao texto veiculado abaixo do Reinaldo Azevedo, procurando por outro do Vladimir Safatle, filósofo da USP e articulista da Folha e Carta Capital. Não leio Azevedo, colunista da Veja. Mas diante do título resolvi dar uma olhadela. E fiquei impressionado com o nível da baixaria e agressividade de suas palavras. Não há um único argumento. Só a tentativa de desqualificar moralmente o oponente do debate, assassinar simbolicamente o interlocutor. Poucas coisas são mais autoritárias do que isso.

Refletindo sobre práticas semelhantes na terra de poti, encasquetei: talvez esteja aí uma das causas do atraso do combalido Rio Grande do Norte, pois que nenhum assunto é minimamente refletido pelas nossas bandas. Tudo, ou quase tudo, funciona na base da pobreza de raciocínio – na linha do ame ou deixe, aceite as imposições ou se cale.

Vide a copa do mundo de futebol em Natal em que um muro foi erguido, segregando os críticos do evento como contrários ao RN e os que apoiam como entusiastas do crescimento do estado. Nessa, o projeto, praticamente, não foi discutido. E a tragédia está se revelando como farsa.

A #RevoltadoBusão é outro exemplo do quão pernicioso é tolher o desenvolvimento de condições públicas equilibradas de fala (sua própria existência vem desse vácuo de espaços consagrados para a exposição de insatisfações). Não se pensa sobre a pauta trazida pelo movimento social – transporte público de qualidade -, mas se estudante é ou não baderneiro, descambando para o moralismo inócuo. O fato de no meu bairro não passar ônibus no final de semana se torna secundário. O que importa é julgar se manifestações são boas ou rins. No fim, reivindicações e críticas justas vão para o espaço e a discussão se apequena às regras de etiqueta da política (com P minúsculo).

Na esfera pública, pelo viés normativo, são as ideias que valem. Não os agentes. Foi uma das conquistas trazidas pela (alta) modernidade, conforme o filósofo Jurgen Habermas.

Mas como disse certa vez o sociólogo Jessé Souza, nossa história pregressa inibiu o desenvolvimento de uma arena civilizada no Brasil. Daí que discussão é confundida com briga pessoal. Nessa lógica, não se combate pontos de vista em prol da geração de consensos. Se desqualifica o sujeito fonte emanadora da discordância. A valentia toma conta.

Ou, no sentido inverso, um intelectual (todos somos um, de acordo com Gramsci) titubear em criticar outro por medo dele se magoar, o que já prevê um consenso de fundo de que a crítica a uma tese defendida por alguém será tomada como ataque. Chama a atenção como os ditos formadores de opinião do RN não se criticam. Não debatem. E o pior: tal conduta ainda é denominada de “ética”.

Faz parte da nossa miséria intelectual não separar a atuação pública daquilo que é privado, tese defendida da fonte, confundir o exercício reflexivo com achincalho, ou agressividade com inteligência, falta de educação com coragem. E, com isso, todos perdemos.

 

Da Veja

Por Reinaldo Azevedo

Vladimir Safatle

Vocês se lembram de Vladimir Safatle? Ele voltou a atacar. Achou que era chegada a hora de chamar fetos humanos de “parasitas” para demonstrar que é um homem corajoso.

Vladimir Safatle? Vamos relembrar.

É aquele professor de filosofia da USP que força uma semelhança física com Lênin (sabem como é, ambos são “Vladimir”…) na certeza de que uma eventual parecença de ideias depõe a favor de sua moral. É bem verdade que o Vladimir russo daria um pé no traseiro do Vladimir uspiano. Afinal, se a memória não me falha — e não me falha nunca! —, aquele era um crítico declarado do terrorismo; considerava que tal prática colaborava com a causa dos “reacionários”. Já o nosso filósofo (ou melhor: deles!) escreveu um texto asqueroso, seguindo a trilha de Slavoj Zizek (um bandido disfarçado de intelectual), emprestando ao terror a condição de força política que tem de ser levada em conta. Safatle não sabe a diferença entre um ato terrorista e um peido (e seria nenhuma, não fossem os mortos), daí que defina assim os terroristas: “sujeitos não-substanciais que tendem a se manifestar como pura potência disruptiva e negativa”. O terrível é que “sujeitos não-substanciais” matam crianças substanciais, como se viu na França.

Muito bem! Safatle também é aquele amigo de invasores de áreas públicas. Onde houver um “occupy”, lá está ele emprestando as suas luzes. Curiosamente, só não apoiou o movimento “occupy a fazenda do papai”. Quando as terras de sua família foram invadidas em Goiás, seu pai entrou com um pedido de reintegração de posse e chamou a polícia. Contei a história aqui. Safatle, o apoiador dos invasores radicais da reitoria da USP, “intelequitual” que dá piscadelas para o terror, não disse uma palavra em favor dos sem-terra que estavam literalmente em seu quintal. Abusando da nossa paciência e do latim, ele afirmou que não responderia a meu texto (dizer o quê???) porque eu teria recorrido a argumentos“ad hominen”! Seu latim não é menos capenga do que seu português. O certo é “ad hominem”.

Vamos seguir. Um leitor me envia um link de uma coluna sua sobre o aborto, publicada na semana passada na revista “Carta Capital”. É aquela publicação que só existe em razão do anúncio de estatais e que pretende ensinar a esquerda a se comportar como esquerda. Uma mudança e tanto na carreira de Mino Carta! De puxa-saco de generais da ditadura (depois, de Orestes Quércia), passou a oráculo do regime petista — e com ambições de estar à esquerda do próprio Lula!!! Ninguém sabe protestar a favor do poder como ele! Mas voltemos a Safatle, outro trabalhador incansável da mina de tolices chefiada por Zangado. Em vermelho, segue a sua coluna. Comento em azul.

Claramente a favor do aborto
Como vocês verão, Safatle acha que seus colegas de esquerda são muito moles na defesa do aborto. Isso explica o “claramente” do título.

Há algum tempo, a política brasileira tem sido periodicamente chantageada pela questão do aborto. Tal chantagem demonstra a força de certos grupos religiosos na determinação do ordenamento jurídico brasileiro, o que evidencia como a separação entre Igreja e Estado está longe de ser uma realidade efetiva entre nós. Uma das expressões mais claras dessa força encontra-se no fato de mesmo os defensores do aborto não terem coragem de dizer isso com todas as letras.
Entendo que ele acusa muitos de seus parceiros de esconder o que realmente pensam, o que não deixa de ser verdade, né? Safatle cobra deles que sejam corajosos, como ele próprio, na sua luta contra o feto. É mesmo um bravo!!! Não consta que algum feto tenha reagido até hoje. O “inteliquitual” está insatisfeito com a influência dos cristãos na política, o que o leva a afirmar que não existe separação no Brasil entre Igreja e Estado — uma mentira escandalosa. Curioso! Nunca o vi criticar, por exemplo, a teocracia do Hamas na Faixa da Gaza ou a do Hezbollah no Sul do Líbano. Ou a do Irã. De Israel, por exemplo, ele não gosta. Entendo! Tudo compatível com quem escreve uma resenha dando piscadelas ao terrorismo. Sigamos com ele.

Sempre somos obrigados a ouvir afirmações envergonhadas do tipo: “Eu, pessoalmente, sou contra, afinal, como alguém pode ser a favor do aborto? Mas esta é uma questão de saúde pública, devemos analisá-la de maneira desapaixonada…”
Quem fez afirmação parecida foi Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Safatle integra o grupo de “inteliquituais” que apoiam o petista. Isso, Safatle! Convença Haddad a dizer o que realmente pensa a respeito!

Talvez tenha chegado o momento de dizermos: somos sim absolutamente a favor do aborto. Há aqui uma razão fundamental: não há Estado que tenha o direito de legislar sobre o uso que uma mulher deve fazer de seu próprio corpo. É estranho ver algumas peculiaridades brasileiras. Por exemplo, o Brasil deve ser um dos poucos países onde os autoproclamados liberais e defensores da liberdade do indivíduo acham normal que o Estado se arrogue o direito de intervir em questões vinculadas à maneira como uma mulher dispõe de seu próprio corpo.
Safatle é bobo de dar pena — e me compadeço ainda mais dos seus alunos. Indago, de saída, que “nós” é esse em nome do qual fala. É plural majestático ou já é a voz da legião, como os demônios? Afirmar que não há estado “que tenha o direito de legislar sobre o que uma mulher deve fazer do seu próprio corpo” é só uma generalização grosseira. Estados os mais democráticos “legislam” (se ele quer essa palavra) sobre o corpo. A venda de órgãos, por exemplo, é proibida no mundo inteiro, embora praticada nas sombras. Seria o caso de legalizá-la? O filósofo frauda um mínimo de honestidade intelectual ao dar de barato que o aborto é apenas uma questão de direito da mulher ao corpo. Ora, os que se opõem à legalização combatem justamente esse ponto de vista. Chega a ser engraçado que ele convoque os valores liberais, como se não os abominasse, em favor de sua tese.

Há duas décadas, a artista norte-americana Barbara Kruger concebera um cartaz onde se via um rosto feminino e a frase: “Seu corpo é um campo de batalha”. Não poderia haver frase mais justa a respeito da maneira com que o poder na contemporaneidade se mostra em sua verdadeira natureza quando aparece como modo de administração dos corpos e de regulação da vida. Esta é a função mais elementar do poder: fazer com que sua presença seja percebida sempre que o indivíduo olhar o próprio corpo.
É uma mistura de Foucault, o tarado pelos aiatolás, com safatlismo. E qual seria a “verdadeira natureza” do “poder na contemporaneidade”? Ele não diz porque essa maçaroca de conceitos mal digeridos não quer dizer absolutamente nada.

Nesse sentido, não deixa de ser irônico notar como alguns setores do cristianismo, como o catolicismo e algumas seitas pentecostais, parecem muito mais preocupados com o corpo de seus fiéis que com sua alma.
Que sentido??? Não fosse a má fé, a ignorância de Safatle seria quase comovente. No cristianismo, corpo e alma são elementos distintos, mas que se expressam como uma unidade. Esse cara não sabe o que fala. A inviolabilidade do corpo, já demonstrei aqui em outros textos, é uma conquista do cristianismo, que serviu, nos primeiros tempos, como proteção às mulheres — daí que elas tenham sido as primeiras a aderir à religião. O aborto forçado era, então, a principal causa de morte feminina. Sigamos.

Daí a maneira como transformaram, a despeito de outros segmentos do cristianismo, problemas como o aborto, a sexualidade e o casamento homossexual em verdadeiros objetos de cruzadas. Talvez seria interessante lembrar: mesmo entre os cristão tais ideias são controversas. Os anglicanos não veem o aborto como um pecado e mesmo entre os luteranos, embora se digam contrários, ninguém pensaria em excomungar uma fiel por ela ter decidido fazer um aborto.
Gente que escreve “talvez seria” mereceria, naquele círculo de que Dante esqueceu, ser eternamente chicoteado pelo modo subjuntivo!!! Em tese, a profissão deste rapaz é pensar. Com esse domínio precário da língua? Só faltou Safatle notar que os anglicanos são favoráveis ao divórcio…
Por que os católicos ou pentecostais deveriam se pautar pela, vá lá, maior liberalidade de anglicanos e luteranos e não o contrário é um desses mistérios que essa gramática perturbada guarda para si. Mas atenção que agora Safatle, o corajoso, está chegando perto de seu grande momento.

É claro que se pode sempre contra-argumentar dizendo que problemas como o aborto não podem ser vistos exclusivamente como uma questão ligada à autonomia a que tenho direito quando uso meu corpo. Pois haveria outra vida a ser reconhecida enquanto tal. Esse ponto está entre os mais inacreditáveis obscurantismos.
Huuummm… Então vamos aprender com as luzes.

Uma vida em potencial não pode, em hipótese alguma, ser equiparada juridicamente a uma vida em ato.
Gosto quando ele é assim, sentencioso, como se estivesse recebendo uma revelação divina. Em primeiro lugar, as religiões não cuidam da questão jurídica. O aborto continua interditado aos católicos, caso obedeçam a sua Igreja, mesmo nos países em que a prática é legalizada. Em segundo lugar, “vida em potencial” é uma boçalidade do safatlismo. Trata-se de vida — e de pessoa potencial! Ou como chamar aquilo? Ele vai fazer uma sugestão. Preparem-se.

Um embrião do tamanho de um grão de feijão, sem autonomia alguma, parasita das funções vitais do corpo que o hospeda e sem a menor atividade cerebral não pode ser equiparado a um indivíduo dotado de autonomia das suas funções vitais e atividade cerebral.
Pois é… E pensar que Safatle já foi um parasita!!! Foi? Ainda veremos. Quem é que “equipara” fetos e embriões a indivíduos já nascidos? Ninguém! Safatle é craque em desancar as teses que ele mesmo inventa! Agora ele vai cair de boca na defesa do totalitarismo. Sabem como é Vladimir…

Não estamos diante do mesmo fenômeno. A maneira com que certos grupos políticos e religiosos se utilizam do conceito de “vida” para unificar os dois fenômenos (dizendo que estamos diante da mesma “vida humana”) é apenas uma armadilha ideológica. A vida humana não é um conceito biológico, mas um conceito político no qual encontramos a sedimentação de valores e normas que nossa vida social compreende como fundamentais.
Eis aí! Chegamos ao ponto! Se a vida humana é só “um conceito político” que expressa “valores e normas que nossa vida social compreende como fundamentais”, entende-se que deslocamentos e mudanças de valores da sociedade podem redefinir, então, o que é e o que não é “vida humana”. A Alemanha hitlerista, por exemplo, estabeleceu praticamente um consenso sobre a não-humanidade — ou subumanidade — dos judeus. A URSS stalinista estabeleceu um consenso sobre a não-humanidade dos “inimigos da revolução” (e também dos judeus, claro…). O Khmer Vermelho estabeleceu um consenso sobre a não-humanidade de todos os mamíferos bípedes que não tinham o corpo coberto de pelos. Cada um desses consensos se encarregou de eliminar milhões de não-pessoas porque, afinal, naquele momento, o “conceito político” permitia. Na China contemporânea (e jamais moderna), fetos do sexo feminino são abortados porque… fetos do sexo feminino! Basta isso. É o “conceito político” influente.

Grande inimigo da tirania do divino, Safatle não aceita nada que não seja a tirania do homem contra o homem. O curioso desse pensamento estúpido, desinformado, feliz com a própria ignorância, é que ele remete, com efeito, aos primeiros dias do cristianismo. A palavra de Cristo só frutificou porque se estabeleceu contra os consensos daqueles tempos, contra os “conceitos políticos” vigentes, que matavam homens — e especialmente mulheres — como moscas.

De fato, ali onde Safatle vê um “parasita”, nós vemos não “vida em potencial” — expressão de uma soberba burrice —, mas vida. Vida que é, aí sim, “pessoa em potencial”, que já traz consigo todos os elementos da maravilha e da dor de existir. Ali podem estar um novo Hitler ou um novo Shakespeare. O mais provável é que esteja um dos bilhões de anônimos do mundo. Eu estou entre aqueles que querem proteger o homem das tiranias. Eu estou entre aqueles que rejeitam que o poder de turno, em nome dos consensos forjados por maiorias violentas ou minorias influentes, diga quem tem e quem não tem o direito de existir.

Não por acaso, a defesa da eugenia voltou a ser feita mesmo em meios acadêmicos ditos respeitáveis, como consequência da decadência ética da ciência. Falamos aqui sobre aqueles dois tarados morais que defenderam o infanticídio num jornal inglês de ética médica. Sua argumentação é absolutamente compatível com a de Safatle. Os recém-nascidos, dizem, ainda não têm relações sociais estabelecidas, estão desconectados da vida social, não estabeleceram vínculos morais com ninguém. Matá-los, caso as mães assim o queiram, seria nada mais do que um “aborto pós-nascimento”.

Safatle escreve mal, pensa mal e é de uma ignorância assombrosa. O trecho abaixo demonstra que é também descuidado. Não direi que o argumento é ginasiano porque não quero ofender a meninada. Leiam:

Se dizemos que alguém desprovido de atividade cerebral está clinicamente morto, mesmo se ele conservar grande parte de suas funções vitais ainda em atividade graças a aparelhos médicos, é porque autonomia e autocontrole são valores fundamentais para nossa concepção de vida humana.
Bem, noto que aí vai, de acordo com aquela dupla, a justificativa essencial para o infanticídio. Safatle está com eles. Um recém-nascido não tem nem autonomia nem autocontrole. Logo… A comparação que faz é um absoluto despropósito. O futuro de um corpo cujo cérebro esteja morto é a morte. No embrião ou no feto, o que se tem é vida. Mas por que devemos esperar que  um esquerdista autêntico saiba a diferença entre a vida e a morte?

Assim, quando certos setores querem transformar o debate sobre o aborto em uma luta entre os defensores incondicionais da vida e os adeptos de alguma obscura cultura da morte, vemos a mais primária tentativa de transformar a vida em um conceito ideológico. Isso se admitirmos que será necessariamente ideológico um discurso que quer nos fazer acreditar que “as coisas falam por si mesmas”, que nossa definição de vida é algo assentado nas leis cristalinas da natureza, que ela não é uma construção baseada em valores sociais reificados.
O mais espantoso é que Safatle usa expressões que passam a impressão de que ele demonstrou alguma tese ou argumentou de forma eficaz. Sim, senhor! Trata-se do confronto entre os defensores incondicionais da vida e os adeptos da cultura da morte — obscurantista, mas não obscura. Embora existam conservadores favoráveis ao aborto, a luta política em favor de sua legalização, a sua transformação numa causa, é um propósito das esquerdas — as mesmas cujas utopias se assentam numa pilha de milhões de cadáveres. Por quê? Ora, porque, sabem, a vida é uma “construção baseada em “valores sociais reificados”, pouco importa a droga que essa “pseudice” subacadêmica queira dizer.

Levando isso em conta, temos de saudar o fato de alguns arautos do conservadorismo pretenderem colocar tal questão na pauta do debate político brasileiro e esperar que existam algumas pessoas dispostas a compreender a importância do que está em jogo. Desativar as molas do poder passa pela capacidade de colocá-lo a uma distância segura de nossos corpos.
O que diabos terá querido dizer esse rapaz com essa frase final? Sei lá. Safatle tentou “desativar as molas do poder” violando, por exemplo, a lei e promovendo um comício em favor de Dilma dentro da USP. Há dias, ele foi jantar com Haddad, num encontro de “inteliquituais”, para, claro!, desativar outras “molas do poder”. Ele participa da articulação da extrema esquerda uspiana que tenta depor o reitor mais competente que a universidade teve em décadas… Só encontramos esse “arauto do progressismo” sendo cavalgado pelo poder. Sugiro que não desative as molas. Pode fazer mal para a sua coluna.

Para encerrar: o pior de todos os parasitas, hoje em dia, é o “inteliquitual” de universidade pública, pago com o dinheiro do povo para pensar com independência, que se transforma em esbirro de partido político, em mero apparatchik. Já conhecemos o subjornalismo vermelho de alma marrom — a turma do JEG. A praga da universidade é o intelectual vermelho de nariz marrom.

Levanta e anda, Vladimir Safatle! Coragem!