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Protestos em SP e a esquerda que endossa Reinaldo Azevedo

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Os mesmos (pseudo) argumentos utilizados contra a #RevoltadoBusão em Natal (RN), que também luta por transporte público de qualidade, estão sendo mobilizados contra os protestos em São Paulo.

imagesDiferença: aqui quem fala em partidarização, oportunismo e fins políticos – como se isso fosse um crime – é a direita. Em São Paulo, parte da esquerda também endossa discurso semelhante.

Ambos evocam até o suposto “vandalismo” e legitimam ação violenta da polícia, que, via de regra, abre o confronto direto, sob a (falsa) perspectiva de garantir o direito de ir e vir.

Um blogueiro, que assina linha progressista disse: “o movimento não tem trabalhador”.

E daí se é trabalhador, ou estudante, ou quem quer que seja?!

Não é cidadão?!

Outro que fala do centro do mundo expôs sorrateiramente: manifestantes não utilizam ônibus.

Mais uma vez: e dai?!

Só defende pobre quem é pobre?!

Só reclama do transporte público e do valor cobrado quem utiliza diretamente o serviço?!

Ironicamente, essa esquerda está seguindo linha idêntica a de Reinaldo Azevedo, colunista da veja e baluarte do moralismo de direita  no Brasil, que tenta desqualificar protestos, por entender que é um movimento de classe média.

É preciso aceitar que governos devem ser pressionados. Do PT, PDT ou do PSDB.

APARTIDARISMO REATIVO

Apesar de não concordar, isso me faz compreender o medo que alguns militantes cultivam de partidos e outras organizações mais institucionalizadas.

RAZÕES

Em Natal, no RN, três fatores fundamentaram, ao meu ver, os protestos – esgotamento de um serviço público (mobilidade urbana) e a sua (não) regulação, ausência de canais de mediação política para insatisfeitos se manifestarem e aumento de expectativas proporcionado pelo incremento do acesso à universidade.