Uma coisa é certa, independente do formato ou método que tomem na sua ação os movimentos contra os aumentos de passagem, eles trazem ao espaço público o debate sobre o custo da mobilidade urbana – e não falo só financeiro diretamente – e conseqüente acesso a cidade que temos, ou mesmo sobre a cidade que queremos.
O fato é que alguns temas são alijados dos grandes debates, e em resultado disso ficando de fora da agenda dos nossos gestores. Dois exemplos: calçadas e árvores.
E desses dois temas, nenhuma cidade que queira se apresentar como sustentável e convidativamente acessível, transitável, pode fugir.
Deve se buscar uma política de padronização estética – também geométrica -das calçadas em harmonia com uma política de acessibilidade associada a uma arborização razoável. Não simplesmente por causa da sombra, mas pela contribuição na absorção de calor – para quem mora na linha do equador e ao nível do mar, então! – e filtragem dos gases poluentes, além claro, da leveza, beleza, que torna-se cada vez mais imprescindível uma contraposição a violência de nossas cidades.
Por uma cidade mais transitável também torna-se necessário pensar as calçadas e arborização. A briga é com os “donos de calçadas”.
Imagem: Tribuna do Norte