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A presidente Dilma e os pistoleiros ao entardecer

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Por Edmilson Lopes Jr, Professor de sociologia da UFRN
images (1)Passamos do meio-dia do mandato presidencial. As horas mais tranquilas da manhã foram sucedidas pela agitação do almoço e pelo calor do início da tarde. Mas o entardecer já mostra os seus sinais. As sombras se multiplicam, mesmo em árvores de pouca folhagem.
Balanços apressados são feitos. O dia ainda não terminou mas as galinhas, banzas com a digestão, imaginam-se águias. E devaneiam. E precipitam-se sobre as teclas digitando análises políticas e econômicas.
Muitos se desesperam. Até o vice-líder do PT entrou em pânico. Quer mais pro-atividade  do governo. E os petistas, loucos por um duelo final, incitam a Presidenta a incorporar um, deixem-me ver, Durango Kid. Não um Durango Kid qualquer, mas um que seja amável com os seus companheiros de viagem, a base aliada. Mas Dilma está mais para aqueles personagens encenados por Clint Eastwood. Durona, não Durango.
Ela sabe que os pistoleiros chegarão ao entardecer. E não serão poucos. Não tem mais a impaciência dos neófitos. Não fugirá do duelo e nem aceitará ser substituída por Lula. Se não fugiu da luta antes, nos porões, por que diabos o faria agora, quando as luzes das suas ações e posturas iluminarão a rua do duelo?