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#RevoltadoBusão: Prefeitura do Natal tem grande oportunidade nas mãos

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Aproveitei que a #RevoltadoBusão está nas ruas para conhecer um pouco mais sobre o assunto.

29957-PORTAL-TRANSPARÊNCIACheguei a algumas conclusões. A mais evidente, que não é das mais surpreendentes – sistema sofre grande crise de legitimidade.

Além da falta de qualidade e defasagem do serviço, há também a questão da transparência.

E é da transparência que quero falar.

O conselho de mobilidade é antigo e é preciso renová-lo.

Mas é fundamental mais.

Sugestão: fazer portal da transparência da mobilidade, que seria produzido e pensado através de forte controle social.

Um grupo de pessoas escolhidas como na lógica que é empregada ao “orçamento participativo” e de um bom plano diretor caracterizaria que a regulação está acontecendo.

Pode ser o conselho, desde que as instituições e pessoas sejam representativas. Hoje elas não são, conforme crítica dos estudantes.

Aliado ao portal, aproveitar a ouvidoria do município, ou algo do gênero – realmente operante e publicizada -, para o recebimento, encaminhamento de denúncias e satisfação final para o consumidor.

Introduzir um acompanhamento de má prestação de serviço das empresas, com uma pontuação prevendo punições. Uma espécie de “SPC” das linhas de ônibus.

De repente, aproveitar estrutura do Procon Municipal.

Todo mês o conselho se reuniria, dados seriam verificados e debatidos.

A planilha não seria apenas números jogados ao vento, sem a gente saber como os dados foram coletados, por quem e a partir de qual metodologia.

De modo mais esparsado, montar audiências públicas revisoras do sistema.

Os cidadãos, além de outras questões, querem se sentir participando efetivamente. O que não ocorre.

A sensação de que o Seturn (des)manda acaba com qualquer meio de conversa. Não é apenas minha opinião. Pela quantidade de denúncias que a carta vem recebendo e que nós estamos publicando, parece ser consenso.

E em tempo de redes sociais, não adianta protelar ou imaginar que depois que o assunto sumir, tudo será resolvido. A mesma situação adversa retornará mais adiante.

Imprensa pró-seturn, com seus sofismas, não segura a desconfiança. Sua credibilidade já entrou no cheque especial faz tempo. Bobagem apelar para ela. No máximo, ela mobiliza setores mais conservadores, que só se incomodam quando o assunto é o aumento do combustível (nem do diesel, mas da gasolina).

Mas apenas 3 de cada 10 brasileiros têm carro. Sistema público prepondera e o dito formador de opinião sequer sabe se comunicar com o usuário de ônibus. Não conhece sua realidade.

Geralmente, a crise é enxergada como negativa. Porém, também é criadora de novas possibilidades.

Desse modo, pela via da reconstrução, a oportunidade pode ser única para a prefeitura, no sentido de uma grande virada renovadora da confiança no poder público municipal.