O tempo da agenda eleitoral e institucional.
É certo que Carlos Eduardo tem um calendário em sua mesa,e sabe que este é o melhor momento para realizar qualquer aumento. Se a política fosse somente um jogo institucional e eleitoral, ele estaria certo. Seu lance estaria sendo uma boa jogada, ao menos para ele e seu grupo político – talvez não para a população.
O prefeito sabe que este é o momento de queimar qualquer gordura política, nada que não possa ser recuperada e conquistado mais a frente.
Mas qual o problema? O problema é que não devemos esquecer que na politica existem lados, conteúdos e horizontes. E neste sentido ele começa mal. Escolheu estar contra a população. Nem a licitação ele quis esperar. Soaria até mais afinado se viesse depois ou junto com a licitação. Com benefícios claros suprindo as necessidades e desejos mais imediatos da população. Contudo, a sinalização de Carlos Eduardo Alves deixou claro sua prioridade e suas necessidades.Sua prioridade é ficar bem com os grandes poderes econômicos que agem na cidade. Estes setores formam bancadas de vereadores em eleições em que o poder econômico através do financiamento privado impera. Carlos Eduardo precisa destas bancadas.
A prefeitura está sem recursos e, muito embora o prefeito tenha priorizado a manutenção dos repasses para contratos e contratações questionáveis, político e judicialmente – agora cabe ao mp -, precisará destes recursos e com certeza o recolhimento dos impostos devem aumentar com esta decisão, independente de qualquer relação espúria imaginada pelo senso comum, já que o transporte publico é um dos principais ‘contribuintes’.
Logo, são estes três pontos que levam o prefeito Carlos Eduardo Alves apostar no aumento neste momento e no esquecimento – ou secundarização desta temática no jogo de escolhas e prioridades – da população. Portanto, faz parte de uma estratégia friamente calculada. Se queimar agora e apostar no futuro…
Daqueles que tem priorizado uma agenda eleitoral desintonizada com a população mais carente, alguns tem conseguido dar a volta por cima, outros perderam qualquer lastro, e não conseguiram se recuperar, até porque ficaram reféns do poder econômico, ao passo que as forças políticas sociais não mais o reconheceram.
Somado ao histórico de aumentos sucessivos de passagens em suas administrações, ele começa arriscando muito e nas costas dos mais pobres. Estes deixam de acessar a cidade por falta de ter como pagar a segunda passagem mais cara entre as capitais do nordeste, sendo uma das menores.
Tome lado prefeito!