Ciro Gomes (PSB), em sua fala na última terça-feira, 16, por ocasião do lançamento do livro do Mino Carta, fez duras críticas ao governo Dilma.
Sobre Guido Mantega, ministro da Fazenda e nascido na mesma Genova de Mino Carta, Ciro disse que ele não tem envergadura para conduzir a política econômica que o Brasil precisa.
Chamou de fisiologista a aliança entre PT-PMDB, indicando que foi responsabilidade do PT a nomeação de Marco Feliciano (PSC) para a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. “O PSB, meu partido, fica com as migalhas que sobram”, disse Ciro.
Ciro é conhecido por seu temperamento – elogiado por Mino Carta – e pelas frases de efeito.
Como exemplo, ao iniciar sua fala, o ex-governador afirmou que o jornalista estava cercado “por um bando de cearenses da pior estirpe”. Proposital? Ato falho (referindo-se aos irmãos Ferreira Gomes)? Brincadeira? Não ficou claro.
Nas críticas ao governo, severas, passei a ver que a possibilidade de os irmãos Ferreira Gomes desambarcarem do projeto dilmista e seguirem com Eduardo Campos é concreta.
Isso me fez lembrar os relatos que me chegaram na semana passada de que a vice-prefeita de Natal e presidente do PSB, Wilma de Faria, circula pelo estado anunciando a candidatura de Eduardo Campos – pedindo votos para ele – e afirmando que será candidata a deputada federal. O alvo preferencial de Wilma é o PDT, partido que Campos pretende atrair para seu projeto valendo-se das suas divisões internas e a partir dos diretórios estaduais. No RN, o PDT é importante por administrar a capital e maior cidade, Natal, e o terceiro maior município, Parnamirim.
Conversei com uma colega mais experiente em política cearense que discorda que a fala de Cid signifique que ele e o irmão seguirão com Eduardo. “Cid está mantendo a imagem de independente para deixar caminho aberto para uma possível candidatura dele próprio a presidente”, disse. “Caso não seja viável, ele permanecerá aliado ao PT”, sentenciou.
Veremos.