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Por que a “infância perdida” é menos importante que a vida de um jovem do Belém?

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Vejo no Jornal Hoje que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi ao Congresso Federal pessoalmente pedir mudanças na lei da maioridade penal.

O fato me fez lembrar o texto de Gerson Carneiro abaixo, publicado há três dias no Facebook

Por Gerson Carneiro

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Há cerca de um mês o jornalista Luiz Carlos Azenha apresentou uma série de reportagens chamada “Infância Perdida”. Sobre pedofilia praticada por poderosos protegidos até pela Justiça. Dentre eles, membros do Poder Judiciário, e até do Conselho Tutelar, médicos e empresários.

Não houve repercussão alguma na imprensa, nenhum autoridade, nenhum político, nenhuma igreja tomou conhecimento. Não houve apelo e nem mobilização no sentido de socorrer as crianças violentadas.

Mas um jovem de sobrenome Deppman, morador do bairro Belém, como tantos outros, foi assassinado na cidade de São Paulo, por um outro jovem de sobrenome que ignoro porque não encontrei divulgado, morador da favela Nelson Cruz.

Daí pra frente é a repetição dos discursos radiciais que ecoam todas as vezes em que a vítima da criminalidade não é pobre e negra.

Tom Cavalcante pelo twitter pediu às autoridades do País que tomassem uma providência.

Geraldo Alckmin oportunamente saltou na tela propondo redução da maioridade penal. E rapidamente a imprensa encampou a proposta populista e irresponsável.

Minha indignação é contra o reducionismo e seletividade midiáticos sobre o tema.

Quero lembrá-los que o Brasil não se resume ao bairro Belém em São Paulo. E a pedofilia denunciada na séria acima citada não é praticada por menores.