A gestão Rosalba Ciarlini já mostrou que não compreende de administração e de relação democrática com movimentos sociais, sindicatos, sociedade.
Agora, demonstra que não entende de “curva”, de meio ambiente, ou não acha o tema muito relevante.
Bom! Melhor explicar.
O prologamento da Av Prudente de Morais apresenta uma lógica difícil de engolir, sobretudo, para quem deseja ver um Estado minimamente sustentável.
A obra, que já sofreu inúmeros adiamentos em sua inauguração, fez questão de cortar uma área verde, algo evitável. Apesar dos problemas com as licenças ambientais – até pelo escopo do projeto -, Demétrio Torres, diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do RN, disse que esse ano sai.
As restrições sofridas, em decorrência do ataque frontal ao meio ambiente, poderiam ter sido redesenhadas, conforme é possível ver na figura abaixo.
Ao invés de cortar a mata fechada, era possível aproveitar parte do percurso já aberto de artérias que ligam o bairro de Cidade Satélite até a Br 101 (ver linha destacada), respeitando a natureza e sem aumentar o trajeto.
Por que o Governo do Estado não sanou o dano? Há quem diga que foi para abrir caminho e valorizar os terrenos de gente bem nascida do RN, que estão no entorno da avenida tal como ela foi, de fato, produzida.
No modelo destacado em azul, só iria contemplar o correto relacionamento com a floresta, que abriga algumas espécies importantes, tais como Timbu, Camaleão, Tijuaçu, Tatu e outros animais comuns na região.
Mas esses animais não darão o “retorno” que o atual plano irá proporcionar.