Por Bruno Fascistinha*
Depois que inventaram esse tal de Bolsa Família o Brasil virou uma bagunça. Antes desse programa de formação para vagabundos, não existia conflito entre ricos e pobres. Havia respeito e todo mundo tinha a exata noção de qual era o seu lugar na sociedade.
Todo mundo queria trabalhar. Hoje, a gente tenta trazer uma menina do interior para cozinhar na nossa casa, e ela não quer vir. Só vem se for para receber um salário mínimo. Nem leva mais em consideração que vai ganhar as roupas usadas da minha filha e da minha mulher e que nós a trataremos como se ela fosse da família.
Na minha fazenda é a mesma coisa. Por 10 dez um ajudante passava o dia capinando, dando comida para os animais, lavando os nossos carros. Você via a felicidade no rosto dele. Na situação atual o que predomina é a arrogância.
O Bolsa Família dá o peixe, mas não ensina a pescar e cria uma massa de ociosos. Com comida na mesa ninguém quer trabalhar. Sentir uma fome de leve faz bem, pois motiva o indivíduo a procurar o seu sustento.
Na eleição também não está fácil. Esse povo mal agradecido não quer mais votar na gente. Meu filho, que eu botei para trabalhar na política, perdeu a última eleição. Essa bolsa serve só para populismo e comprar o voto dos pobres. Penso que só deveria votar quem tem curso superior, ou apresentasse um título de propriedade de R$ 500 mil reais. Esses cidadãos, sim, produziriam um voto consciente.
O bolsa família cria um clima de guerra social aonde, infelizmente, nós, pessoas de bem, somos os mais prejudicados.
E o pior. Não posso nem ir com a minha lancha para os parrachos de pirangi porque tem um monte de gente metida à rica, que não sabe nem segurar uma taça, que está frequentando o nosso antigo espaço também. Até ônibus coletivo está passando naquela praia. Eu vou é denunciar o caso na promotoria do meio ambiente e escrever um artigo para o jornal.
Deus salve o Brasil, Deus salve a nação!
*Novo colunista da Carta Potiguar. Paulista, formado em Direito e Economia, com MBA em Marketing. Gosto de um bom vinho, pratico equitação e me revigoro com o ar de Campos do Jordão. Leitor de Ricardo Noblat, Merval Pereira, Sandro Vaia e de grande Reinaldo Azevedo. Assinante Veja. Pessoa de bem. Falo a verdade mesmo. Aquilo que nossas elites têm vergonha de dizer, mas não de pensar.