Search
Close this search box.

Jornalista potiguar tenta atrapalhar projeto do curso de jornalismo da Universidade Federal do Ceará

Compartilhar conteúdo:

Discordar dos outros é algo normal (positivo!) quando se procura refletir sobre questões pertinentes e impertinentes também. Como Daniel Dantas enfatizou no seu texto veiculado abaixo, a crítica faz parte do debate livre de ideias.

Tal perspectiva revela o fortalecimento de uma esfera pública que separa o público do privado, como disse o filósofo alemão Jurgen Habermas.

No Brasil, no entanto, como ressaltou o sociólogo Jessé Souza, ofensas privadas e até perseguições pessoais ainda são recursos utilizados por aqueles que não apresentam condições de elaborar um simples ponto de vista e por esse  caminho vencer uma discussão.

É a política (pseudo) argumentativa que ainda encontra refúgio nos espaços alimentados por um colunismo social travestido de postura intelectual.

Um modo de se portar na esfera pública que só denuncia o modus operandi e a falta de maturidade da fonte emanadora de ataques.

É clausula pétrea na Carta Potiguar nunca atacar a individualidade de ninguém. Tanto é que criticamos a prefeita (sua atuação pública, portanto) Micarla de Sousa aqui, ajudamos a movimentar o #Foramicarla, mas nos mostramos terminantemente contrários em tocar nos seus problemas de relacionamento familiar, como outros fizeram.

O texto abaixo exemplifica bem a miséria que representa esse tipo de conduta.

Leia e confira.

 

Do Blog do Daniel Dantas

 

Em abril, de 9 a 12, a Universidade Federal do Ceará realizará sua Semana de Jornalismo.  O PET (Programa de Educação Tutorial) me procurou, na condição de professor da disciplina de Técnicas de Investigação Jornalística, com a intenção de realizarmos um minicurso sobre jornalismo investigativo voltado ao acompanhamento das obras da Copa.
O curso terá um total de 16h.

Cartaz da Semana de Jornalismo em 2012

Para contribuir com o conteúdo, decidimos convidar para participar conosco – e compor uma mesa na programação oficial do evento – representantes da Agência Pública que, desenvolvendo umtrabalho exemplar no jornalismo investigativo e sem fins lucrativos, tem acompanhado todo o drama social que envolve as obras da Copa no Brasil.
O outro convidado pretendemos que seja o jornalismo da ESPN Brasil.
A ESPN tem levado adiante uma verdadeira odisseia jornalística ao denunciar os problemas produzidos pelas obras da Copa no Brasil, em matérias como essa, feita em Natal como parte de uma série.
***
Antecipo essas informações que dizem respeito a uma atividade acadêmica do curso de jornalismo da UFC a se realizar ainda no mês de abril porque me indignei com algo que vi no twitter.
O primeiro contato que travamos com a ESPN foi através dos jornalistas Roberto Salim e Marcelo Silva, por e-mail.  Aproveitando a facilidade das redes sociais, tentei contato com outros jornalistas da emissora, entre os quais Mauro Cezar Pereira.  Mauro foi solícito e me encaminhou seu e-mail.  Escrevi sobre o evento, o convite e o objetivo da turma do PET – Fortaleza é uma das cidades-sede da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Na tarde deste sábado, perguntei se Mauro havia visto o convite.  Ele me respondeu dizendo que não tinha tido tempo de olhar o e-mail.
Há figuras na imprensa potiguar, muitas vezes valorizadas, que deixam de lado a crítica pessoal ou o debate político e tentam de todas as formas desqualificar e prejudicar reputação e trabalho daqueles que elegem como alvo.
Uma dessas figuras, certamente, é o jornalista Alex Medeiros.
Neste texto, publicado tempos atrás, ele se refere a mim como “fruto de uma trepada enraivecida que um intelectual deu com a primeira aparecida, sua mãe, no único e claro objetivo de vingar-se da esposa oficial que o acusara, horas antes, de raparigar pelos bares da vida.”
O que Alex fala de mim nunca afetou mais que a minha imagem – a não ser quando um texto, que publicou sobre mim veladamente, foi utilizado pela Petrobras para me punir em 2012.
Alex, pelo twitter, hoje agiu para me prejudicar profissionalmente – ainda que eu considere que não vai ter sucesso. Tão logo eu consultei Mauro Cezar sobre o e-mail que havia enviado, Alex tuitou para o jornalista da ESPN:

Não à toa o deputado federal Paulo Pimenta (PT) me informou que pretende incluir no processo que move contra os que o acusaram de ser dono da boate Kiss a coluna de Alex Medeiros que repercutiu o boato.
Não ganho um centavo com blog ou presença nas redes sociais. Podemos nos debater e nos desgastar por aqui – apesar de achar que aqui é um espaço de discussão livre, não de agressões pessoais.  Não vivo em prol de ter relevância nesses espaços – os tenho como instrumentos de militância e, por tabela, de jornalismo.  Meu sustento ou vida profissional, no entanto, não dependem disso.
Minha vida profissional, atualmente, está ligada à sala de aula e aos projetos da UFC, onde sou professor adjunto desde 2012.  Ali nos preparamos para implantar um grupo de estudos em jornalismo investigativo – o evento na Semana de Jornalismo é o primeiro passo.
Não é sensato ou admissível que alguém use o poder da palavra com o objetivo de me prejudicar profissionalmente – alguém que queira se fazer grande prejudicando os outros.
Todos os que me lêem e os que não me lêem têm o direito de me criticar ou mesmo tentar me rebaixar pelo que produzo ou pelo que faço, como dou o direito a meus alunos para que me critiquem, para que falem do que não gostam em mim e para que sugiram novos rumos para as disciplinas e cursos que ministramos. Claro que aí há limites relacionados, na UFC, à ementa e programa de disciplinas – e relacionados também ao fato de que tenho mais experiência e vivência acadêmica e profissional que eles, o que me permite, por vezes, estabelecer com mais nitidez o que é mais importante na formação deles.  Afinal, foi para isso que a UFC me aprovou como professor em um concurso público.
No entanto, ninguém tem o direito de deixar de lado o mundo das ideias e partir para a desqualificação profissional de adversários – prejudicar seu trabalho.  Faz parte daquele processo que Luís Nassif batizou de assassinato de reputações.
No meu caso, o prejuízo não seria exatamente a mim, mas ao curso de jornalismo da UFC.