Posicionei-me contrário a construção de mais hotéis na Via Costeira. Porém, como só os idiotas não mudam, refaço o meu ponto de vista.
O meu olhar leva agora em consideração os empregos criados para os membros das comunidades do entorno da Via Costeira e da cidade como um todo, através do fomento de cursos de capacitação para o preenchimento das vagas a serem abertas, algo que será importante para os natalenses.
Entretanto, é imprescindível estabelecer todos os estudos técnicos necessários, para que os hotéis, na modalidade do projeto original, que previa mais unidades na região, sejam instalados.
O direito à paisagem não pode ser mexido.
Na minha concepção, os empresários devem ainda, através do sistema de parcerias com o poder público, construir os acessos e pontos coletivos de convivência (quadras, praças, parques, etc), respeitando também a intenção inicial da década de 1980.
É fundamental criar os meios para que a Via Costeira seja, de fato, pública. Isso inclui mais linhas de ônibus.
Para finalizar e tornar a ação democrática deve-se incentivar a atuação da sociedade civil, órgãos técnicos, Ongs, Universidades, poder público e representantes dos empresários, produzindo uma gestão compartilhada e participativa.
Penso que, desse modo, os diversos interesses podem ser equacionados e canalizados em prol da geração de uma Natal desenvolvida, socialmente democrática e ambientalmente sustentável.