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Antes de 2014

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Por Fernando Mineiro, Deputado Estadual (PT-RN)

 

O ano de 2013 mal começa e já se percebe que será de intensa disputa política e ideológica.  Nacionalmente, os partidos de oposição e a mídia partidarizada não darão trégua. O desempenho da economia durante este ano e a consequente popularidade da Presidenta Dilma serão decisivos na definição dos principais blocos que se formarão para participar das eleições em 2014. Mantidos os atuais índices de adesão ao projeto que governa o Brasil desde 2002, o PT e os partidos aliados seguirão com o mesmo time e partirão com grandes e boas chances rumo ao tetra campeonato eleitoral. Caso contrário, situacionistas de hoje debandarão e fortalecerão o time oposicionista. Coisas da política.

A disputa nacional condicionará as estaduais e será a moldura das alianças locais a despeito das particularidades regionais. Pelo grau de acirramento e endurecimento dos embates que virão, a tendência será de nacionalização e verticalização política das eleições no ano que vem.

Por isso mesmo, qualquer decisão local só se concretizará no contexto das definições nacionais. Que não serão tomadas agora em 2013.  Isto não quer dizer, óbvio, que não se estabeleçam, desde já, diálogos entre partidos e lideranças políticas com vistas à construção dos possíveis caminhos a seguir em 2014. Mas não passarão disso: diálogos. Decisões mesmo, só no ano que vem, quando o jogo será armado e jogado de forma definitiva.

No caso específico do Rio Grande do Norte é forte a possibilidade de se constituir, em 2014, um bloco de forças políticas para disputar as eleições em oposição ao atual governo do estado. Mas tal bloco não se legitimará política e eleitoralmente se o seu discurso não for além do apresentar-se como de oposição.  Até porque será formado por quem até ontem foi da atual situação e, quem sabe, por quem hoje ainda o é. Ou não.

Caso de fato queiram disputar pra valer as eleições em 2014, os partidos políticos em oposição ao governo Rosalba devem dedicar boa parte de suas energias e articulações na elaboração de um projeto político-administrativo para o Rio Grande do Norte, que tenha a capacidade de mobilizar e convocar a sociedade potiguar a sair do marasmo em que o nosso estado se encontra.  Projeto que tenha como objetivos, entre outros, o desenvolvimento econômico sustentável do RN, a inversão de prioridades e a inclusão social, o combate à pobreza, a geração e distribuição de renda, a qualificação social das políticas públicas, a transparência e a modernização administrativa.

Como antes de 2014 tem um 2013 no meio do caminho, nossos partidos deveriam usar boa parte deste tempo para aprofundar os estudos sobre os graves problemas do Rio Grande do Norte, ouvir os mais diversos setores da sociedade e com eles debater as alternativas viáveis de soluções e enfrentamentos dos históricos entraves ao desenvolvimento estadual. Se assim fizermos, teremos como resultado um conjunto de propostas concretas a serem apresentadas ao eleitorado e chegaremos mais fortalecidos e legitimados perante a sociedade no momento das definições.