Por Dennys Lucas
Garibaldi é um dos políticos do estado com o melhor capital eleitora, logo todos esperam suas jogadas para se posicionar no jogo. 2014 já bate a porta, o desastre do Governo Rosalba antecipa as preocupações da população com o pleito eleitoral – esta não ver a hora de se livrar do Governo do DEM.
José Agripino e Vilma estão mais sujo do que pau de galinheiro. Preferem se ausentar, aparecer só atrapalharia mais. Logo, uma das principais cartadas deve vir do velho Gari.
A oposição não conseguiu emplacar. Só se vê o cavaleiro solitário do PT, o deputado Fernando Mineiro, que embora um dos mais qualificados do RN, enfrenta a dificuldade de travar batalhas solitárias, no seio com quadros políticos bem aquém da função, sujeitos ao bastão do governismo, não preparados para está nas fileiras da oposição.
Assim, da Assembléia não se pode esperar mais do que o que já conhecemos, subordinação as jogadas das lideranças já conhecidas.
Vilma já desistiu. Disse que não irá concorrer a cargos majoritários. Possivelmente sairá candidata a federal.
Robinson não consegue traduzir seu desejo em viabilidade eleitoral, talvez se contente com Deputado Estadual.
Carlos Eduardo precisa trabalhar urgentemente sua habilidade para executar articulações. Carlos poderia ser o principal nome a unir a oposição, mas até agora a história só reafirmou sua dificuldade ao diálogo.
Resta-nos Fátima Bezerra, que vem aliando muito bem acesso ao governo federal e viabilidade eleitoral, mas que sozinha não irá conseguir viabilizar um projeto de oposição mais programático. Ainda assim, vem alicerçando solidamente seu percurso ao Senado federal – uma vitória para o RN.
Pois é, Garibaldi percebeu, e ele não brinca em serviço. Vendo o desastroso governo, percebendo o vácuo da oposição, alimentado pelo que aconteceu com os apoiadores de Micarla, não quer morrer afogado na maré do governo Ravengariano.
Já anunciou. Irá romper – não me lembro de ter visto ação deste tipo antes, mas aí ele deixa claro ao governador de fato – baixe a bola, que o RN não tem dono.
E Rosalba, se quiser sobreviver eleitoralmente, terá de vender até a alma ao PMDB. Entretanto, parece decisão já tomada, o PMDB irá para a oposição.
Como disse, embora muitos não queiram dizer, 2014 já foi colocado na mesa de negociações e é preciso que àqueles que pretendem disputar, entrem no tabuleiro.
Até agora a população só percebe as movimentações da Deputada da Educação, e todos, sem exceção, esperam o próximo lance do filho do velho Gari.
O PMDB irá reafirmar o projeto do PT para 2014. Eles reconhecem as vitórias dos últimos 10 anos, e percebem o reflexo eleitoral àqueles que estão na defesa do projeto encabeçado por Lula e continuado pela Presidenta Dilma.
No RN, PMDB e PT ainda não conseguiram se entender, entretanto precisam. A aliança é verticalizada e é melhor se preparar para ela. Afinal, não se pode ficar batendo cabeça na parede.
Em suma, ou se busca a união do bloco PDT, PSB, PSD e PCdoB com o PT, e agora com o PMDB, ou poderemos ter 4 chapas fortes na próxima eleição para o governo e Senado, o que não seria de todo ruim, pelo contrario, seria um ganho para a democracia.
Nessa perspectiva, se repetiria a oportunidade de um debate sobre o RN mais diverso e potencialmente mais qualificado, assim como foi à eleição para a prefeitura de Natal com as presenças de Mineiro (PT) e Rogério Marinho (PSDB). Mas tudo leva a duas chapas – uma alinhada ao governo federal, com PMDB e PT compondo com PDT, PSB e PSD; e a chapa do governo local, alinhada ao DEM e ao PSDB.
Daí, a cartada mais esperada será a do senador Garibaldi Alves Filho, que deverá afundar de vez o governo rosado. Resta saber se ele apostará numa chapa própria articulando uma terceira via, podendo se aproximar inclusive do PT, ou se conseguiremos ver Garibaldi e Vilma, conhecidos desafetos, juntos numa ampla frente de oposição.
Fátima joga bem e já começa a destilar elogios ao senador de 1 milhão de votos – ministro do governo do PT. Ela sabe que deste mato pode sair à consolidação do seu nome como a primeira professora representante da classe trabalhadora senadora do RN.
O PMDB tem a estrutura político partidária que a falta. Fátima sabe disso, e trabalha para aglutinar toda a base do governo Dilma no RN, para além de toda e qualquer pedra ideológica ou percurso histórico local já trilhado.
A carta trunfo é de Garibaldi, todos percebem isso.
Ele pode surpreender trazendo um novo nome para a arena eleitoral, com capacidade técnica e com condições políticas de representar toda a base a ser aglutinada em nome do projeto que vem mudando o Brasil, ou pode insistir nos mesmos nomes de sempre, que pode ser o seu ou alguém já malhado no seu sistema político eleitoral, ou para ser malhado nas urnas…
É preferível apostar mais.