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“Eu sou mestre, doutor”, coisa da província natalense?

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Títulos de mestrado, doutorado e, às vezes, até de especialização são vomitados nos blogs e colunas da taba.

Coisa de província? Não! A demonstração de um título é a expressão de um circuito de legitimação, um mercado, do me baba que eu te babo, que confere superioridade – nobreza? – aos envolvidos.

Serve para validar os altos valores cobrados por bancas de advocacia, pressionar tribunais, decoração, consultoria, consubstancia até o acesso aos melhores cargos públicos do RN.

Além disso, a malandragem é politicamente conservadora. Cria a naturalização de uma supercidadania de alguns, em detrimento da subcidadania da maioria.

Os meus tempos de universidade me ensinaram a respeitar, apenas, argumentos e a suspeitar de quem utiliza títulos como armadura. Alta probabilidade de estar diante de um medíocre.