A interventora designada pelo Ministério Público para atuar na Associação de Atividades de Valorização Social – Ativa –, ONG ligada à estrutura da prefeitura municipal do Natal, vem tratando os trabalhadores da instituição como criminosos. É, pelo menos, o sentimento relatado pelos funcionários da instituição.
Com mais de 600 trabalhadores, que fomentam projetos sociais, produzem em diversas secretarias públicas, geram ações de cidadania, a Ativa, em decorrência de decisão da interventora, não pagou ainda os salários de setembro, outubro e novembro.
Conforme informação de membros da instituição, a administradora alega que cerca de 30% dos funcionários são fantasmas, recebem sem trabalhar. A interventora estaria fazendo uma varredura na folha de pagamento, para só pagar só a quem de direito.
O problema é que, ainda de acordo com trabalhadores da Ong, o zelo da nova administração está passando completamente dos limites. “Parece até que todo mundo é vagabundo. A maioria que dá expediente regular está sendo penalizada,” me disse uma assessora da Ativa.
Já outra pessoa, que preferiu não se identificar, enfatizou, que apesar dos coordenadores de setor tentarem manter o pagamento de alguns fantasmas, ela já sabe quem vai e quem não dá “nem as caras” há muito tempo. “É só começar a agir.”
O recurso financeiro para pagar setembro, além dos salários de outubro e novembro existe. Já está disponível. “Falta ela entender que a minha barriga não funciona em 90 dias”, finalizou outro seletista da Organização.
NATAL SEM CEIA
Um trabalhador não pode ser tratado dessa forma. Ao que tudo indica, o peru de fim de ano será bem magro.
A situação é de desespero.