Na Europa e nos EUA os jornais abrem o jogo. Dizem em quem vão votar e, em que pese cobrir às eleições com critérios, apresentam os argumentos de suas escolhas e apontam para o seu leitor os alicerces ideológicos que norteiam os seus pontos de vista e a leitura dos fatos narrados.
Em Natal, conforme a versão oficial, é a imparcialidade que reina. Na factual, que é a que vale, os veículos não se cansam de usar a dita objetividade para defender seus candidatos e atacar adversários. Não dispensam, como não recomenda a etiqueta argumentativa, a utilização das mais variadas ofensas e a referência às questões pessoais da intimidade dos oponentes. Ora, nada poderia ser menos reflexivo e desonesto com o leitor.
A Carta Potiguar nadará contra a corrente. Os membros ficarão à vontade para declarar voto e demonstrar suas razões.