Hermano Morais recebeu o apoio das principais lideranças ligadas a Micarla de Sousa, utiliza a “estrutura” da atual prefeita, mas não admite ser o candidato da borboleta.
Ora, os cargos de comissão da prefeitura dão conta da articulação dos secretários municipais em prol do candidato do PMDB. Pululam relatos do baixo clero do borboletário de que, hoje, o melhor é que Hermano vença. E há orientações expressas no sentido de facilitar esse caminho.
Esta realidade já é conhecida. Não relato nenhuma novidade. No entanto, temendo o enfraquecimento da candidatura de Hermano, fundamental para forçar um segundo turno na cidade, parte da imprensa, sobretudo aquela que tem calafrios só de imaginar uma vitória de Carlos Eduardo, que cortará o “patrocínio” de muito jornalista sem audiência, correu em defesa do verde bacurau. Li umas 10 colunas, tratando de afastar completamente o nome de Hermano do ninho da borboleta.
Circula até a fantasiosa história de que Micarla de Sousa não irá interferir no processo eleitoral, de que não apresenta interesses na disputa. O uso da prefeitura para tentar tornar Carlos Eduardo inelegível mostra o quanto de tolo há nessa concepção.
Pior do que a estória narrada acima, só a de que os liderados de Micarla estão espalhados entre todos os candidatos que disputam o pleito.
Se Hermano não quer ser o escolhido de Micarla, que se afaste da dita cuja. Mas o fato é que Hermano Morais quer o bonus do apoio da prefeita: os votos dos seus liderados, sua “mão de obra” e sua “estrutura”, mas não a sua desaprovação de 93%.
DE ROGÉRIO PARA HERMANO
A imprensa, que não vota com o centro-esquerda, já começa a mudar de direção. Aos poucos abandona Rogério Marinho, que não sobe nas pesquisas, e se aproxima de Hermano Morais.
Pesquisas qualitativas dão conta de um perfil mais competitivo de Hermano, enquanto que o de Rogério traz maior capacidade de resistência. Daí a alteração de rota.
Aliado a isso, os jornais e blogs, que elegeram, veladamente, Rogério como o escolhido, perceberam que o segundo turno só virá com o fortalecimento de Rogério, mas também de Hermano. Daí também a valorização dos demais concorrentes.
MINEIRINHO
Mineiro, candidato pelo PT, corre por fora, sem grande estrutura financeira e fazendo algo novo: publica os seus gastos de campanha quase que em tempo real.
É um candidato pouco lembrado pelos “analistas” para a disputa do segundo turno, mas pode surpreender. É bom não subestimar.