Por mais que o assunto seja tratado de maneira velada, não é mais segredo para ninguém que Micarla de Sousa, presidente estadual do Partido Verde, está emprestando sua “estrutura” e pedindo para que seus liderados votem em Hermano Morais.
Há toda uma pressão, que hoje é exercida pelos secretários junto aos cargos de comissão do município. Os trabalhadores comissionados estão recebendo “recomendações” dos chefes das pastas da prefeitura, para que sufraguem sua escolha e trabalhem para o prefeitável do PMDB.
Praticamente todas as lideranças verde irão apoiar Hermano Morais – Luiz Almir, Edivan Martins, Paulo Davim, Gilson Moura, Kalazans Bezerra, secretários, etc. Enquanto isso, Hermano produz discurso ameno contra o caos instalado por Micarla de Sousa. Diz, para livrar a administração do PV, que Natal não conhece uma boa gestão faz 20 anos. Ou seja, acaba, injustamente, pondo Micarla de Sousa, Carlos Eduardo e Wilma de Faria no mesmo patamar.
O eleitor precisa conhecer às bases de sustentação política do candidato em que irá votar. Afinal, o prefeito vencedor não administra sozinho, cede poder para os seus apoiadores. Se o PMDB ganhar, terá de levar o modo Micarla de governar, como a prefeita confiou secretarias fundamentais de sua gestão para que Henrique Alves, líder de Hermano, indicasse nomes para ocupar pastas municipais. A de obras foi uma delas.
Hermano tem todo o direito, para viabilizar a sua candidatura, de buscar qualquer força que seja. Porém, democracia se faz com informação e o eleitor deve compreender, satisfatoriamente, o que/quem vai escolher. Deve saber, portanto, que, ainda que o apoio não esteja verbalizado e publicizado, o PV é PMDB. Ou o PMDB é PV?
FICHA SUJA?
Rogério Marinho apareceu na lista dos candidatos que respondem ações no Supremo Tribunal Federal. Para não pairar dúvida, deve apresentar para a sociedade a razão das causas.