O pedido de Impeachment de Micarla de Sousa será votado hoje a tarde no parlamento municipal. Se for aprovado, processo passa a tramitar na CMN.
Com a proposição do vereador Julio Protásio (PSB), autor da confecção do pedido, os ânimos se acirraram na Câmara e um assessor da prefeita, mais exaltado, teve de ser retirado das dependências físicas que abriga o poder legislativo.
A solicitação é alicerçada na operação assepsia, investigação do MP que encontrou fortes indícios de corrupção nos contratos da Secretaria de Saúde do Município com Organizações Sociais de Terceiro Setor. Dois membros do primeiro escalão se encontram presos no quartel da polícia militar – o ex-secretário de saúde Thiago Trindade e o atual secretário de planejamento, o guardião da chave do cofre Antônio Luna.
Os defensores do afastamento da prefeita do PV alegam que ela também está diretamente envolvida e que a ação se mostra inevitável.
MICARLA FICA
A prefeita não foi formalmente acusada pelo MP e sua relação com o esquema ainda não foi provada. Ainda que seja compreensível a preocupação dos vereadores da oposição, que querem resguardar o erário, é cedo para pedir o impeachment.
Além disso, caso a prefeita seja afastada, será substituída pelo vice-prefeito Paulinho Freire do PP, que disputará nas eleições 2012 uma das 29 cadeiras da Câmara Municipal do Natal.
Caso Paulinho não assuma, a prefeitura cairá no colo de Edivan Martins, atual presidente da câmara e também liderado de Micarla de Sousa. Em resumo, o palácio Felipe Camarão continuará nas mãos do Partido Verde.
Se possível, é melhor caracterizar a substituição através da escolha democrática, que ocorrerá dia 07 de outubro.