#RatonoRatinho. Foi com essa Hashtag que os opositores de Lula/PT tentaram enquadrar a entrevista concedida pelo ex-presidente ao programa do Ratinho – SBT – no twitter.
A rede social, pelo seu formato e pela relação consumista/distanciamento com que promove a interação entre as pessoas, pode gerar agressividade e, não raro, descamba para práticas fascistas.
Os opositores do ex-presidente têm todo o direito de fazer a crítica daquilo que não concordam. Mas o debate público pede parâmetros mínimos de respeito. O oponente não é um inimigo que deve ser assassinado. Nem fisicamente, nem muito menos simbolicamente. Argumentos devem prevalecer. Estratégia de linchamento moral só depõe contra quem costuma utilizar tal tática.
Os judeus, povo contra quem o nazismo destilou todo o seu ódio e ressentimento, também sofreram com as propagandas que os aproximavam dos ratos. Uma degradação da condição humana.
Ora, a hashtag #RatonoRatinho utiliza, no fim das contas, a mesma lógica empregada por Joseph Goebbels, ministro da comunicação da Alemanha de Hitler, na publicidade que pregava a perseguição e o ataque em massa aos judeus, além, também, gays, ciganos, negros, esquerdistas, etc.
É a pessoa que quer ser limpinha demais, mas que acaba produzindo o que há de pior.
PS. Há inúmeras propagandas nazistas em que os judeus são retratados como ratos na internet. Por uma questão de respeito, não as publicarei. Mas eles podem, ainda hoje, ser facilmente encontradas na rede.