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Viver 150 anos

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Por José Expedido de Carvalho Rêgo

Imagem: Akeeri

De acordo com o Professor Roy Walford, Diretor do Departamento de Gerontologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, o homem pode viver até 150 anos, gozando de boa saúde. Fundamenta sua afirmativa em experiências realizadas com ratos de constituição celular muito semelhante à humana. Esses animais, submetidos a um regime alimentar especial, conseguem viver 4 anos, dobro da sua vida normal.

A dieta humana para tal longevidade, preconizada pelo Professor Walford, forneceria apenas 1.500 calorias por dia, para um homem adulto, e mais um jejum semanal de 48 horas. Difícil de ser obedecida. Assim, nos fins de semana quando todo mundo gosta de abusar um pouco da alimentação e da bebida, deve, ao contrário, jejuar. Ainda bem que a coisa teria de ser feita gradualmente, para que o regime ideal fosse alcançado somente depois de cinco anos. Essa quantidade diária de calorias está muito abaixo da considerada satisfatória pela Academia de Ciências dos Estados Unidos, que é de 3.000 calorias para os homens jovens e 2.400 para os que têm 55 anos de idade ou mais. A quota para mulheres é um pouco menor, 2.400 calorias para as jovens de 14 a 16 anos e apenas 1.700 paa as idosas de 55 ou mais.

Os camponeses da Geórgia da ex-União Soviética, famosos pela sua vida longa, pois costumam atingir facilmente 120 anos com boa saúde, têm uma dieta simples, alimentando-se basicamente de iogurte e nozes, lembra o Dr. Walford.

Nos ratos de suas experiências, ele usa também um tipo de quimioterapia ainda não aplicável ao homem. Como não podia deixar de ser, o fumo e o excesso de bebidas alcoólicas são condenados pelo cientista de Los Angeles. O consumo elevado de proteínas também é prejudicial. A organização Mundial de Saúde aconselha, para lactentes, 2.2g por quilo de peso por dia, e para adultos, apenas 1.5g por quilo e por dia. Quer dizer, um adulto normal não precisa comer tanta carne como geralmente acontece. Considerando que sua dieta deve ser bem equilibrada e balanceada, composta de outros alimentos, como o leite, os ovos, e o queijo, também ricos em proteínas, além das legumnosas e outros alimentos de origem vegetal, bem providos desse elemento básico, podemos chegar à conclusão de que a quantidade de carne a ser ingerida por um homem de 60 quilos não deve ir além de um bife de 200 gramas por dia, ou menos. A não ser que se trate de um atleta ou trabalhador braçal, que necessitariam um pouco mais.

O papa João Paulo II, que não é magro, já fez ver que dois terços da população do mundo passam fome, para que o terço restante possa comer demais. Está tudo errado, portanto. É difícil fazer compreender ao leigo que gordura não é saúde. Esse conceito falso está por demais arraigado na mente das pessoas para que se elimine tão facilmente. Basta lembrar as mamães corujas que aodram ver seus filhos bem gordinhos e confudem afeto com o ato de dar comida em demasia. Quando se encontram dois amigos que não se veem há muitos anos, cumprimentam-se alegres e logo diz para o outro: olá, fulano, você está bem, está gordo!

A gordura é sinal de prosperidade nos negócios e os comerciantes bem-sucedidos na vida costumam ser gordos (e carecas). Fica portanto a advertência aos grandes empresários. Comam menos e deem mais de comer a seus assalariados, que são geralmente subnutridos. As operárias ou esposas de operários que nos chegam ao consultório, para o acompanhamento pré-natal, são geralmente portadoras de anemia acentuada e desnutrição.