Com mais de 90% de rejeição, a prefeita Micarla de Sousa apelou para a zona norte. Além das lideranças comunitárias, que há bastante tempo vem sendo “mimada$”, mas não podem nem falar em Micarla na região, agora é a vez da apresentação de um suposto mega investimento.
Segundo site da prefeitura, serão mais de 45 milhões direcionados para a ZN, recursos esses a serem executados por várias secretarias. “O projeto tem no seu cronograma ações relativas a urbanização de vias públicas, melhoria na iluminação, construção e reforma de praças, campos de futebol, quadras esportivas, unidades de saúde, revitalização de lagoas de captação, reformas do mercado da Redinha e do cemitério de Igapó, implantação de Academias da Terceira Idade (ATI), padronização e revitalização de feiras livres, além de preparar a capital potiguar para a Copa do Mundo 2014”, apresenta o release municipal.
Se a pessoa prestar atenção irá perguntar: o que tem de novo? O que há de especial no projeto? Nada. Todos os serviços listados são rotineiros. A maquiagem política é profunda, tal como o preparo técnico e político da equipe do verde partido verde (trocadilho sempre inevitável). Num lampejo de genialidade, apenas juntaram tudo o que a prefeitura normalmente gasta na região e jogaram um dado solto no ar, fazendo com que o orçamento passe a figurar como investimento.
É como se, em outra possível “estratégia de mestre”, o borboletário também jogasse a impactante afirmação: “Prefeitura gastará mais de 1 bilhão em 2012”.
Um leitor desavisado, que hoje representa pequena parcela da população, pensaria se tratar de investimento na cidade, quando na verdade era apenas o orçamento empregado em 2012 para efetivar as atividades normais do poder público municipal.
Não sei o que é mais elementar: a ação em si ou a crença de que isso irá impactar positivamente na zona norte. Em seu racismo de classe, os bem pensantes tendem a confundir pobreza com burrice. O eleitor passou mais de três anos vivendo numa bagunça generalizada e lembrando dos bons tempos administrativos de Wilma de Faria e de Carlos Eduardo. Não irá virar a casaca por causa de um suposto mimo. Que na real é o gato por lebre.