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Eleições 2012: Carlos Eduardo e os urubus de sua candidatura

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Os “analistas” não simpáticos a candidatura de Carlos Eduardo alegam que o ex-prefeito, apesar da preferência nas pesquisas, está isolado. O argumento, apesar de impactante, tem muito de sofístico e se relaciona com a vontade de tomar um desejo como realidade.

CEA, de fato, goza de poucos apoios. Porém, já fechou com o PCdoB e com o PPS. As conversas com o PSB estão adiantadas. Ora, quem se encontra em situação melhor? Qual é o candidato que já conta com o apoio de um número significativo de partidos? No aspecto apoio, Carlos Eduardo pode afirmar que está mais bem posicionado do que muitos pré-candidatos.

Vejamos…

O deputado estadual Hermano Morais (PMDB) alega estar conversando com outros partidos. Entretanto, ao que tudo indica, não receberá o apoio da base governista. Rosalba não caminhará com ele. Isto sem mencionar que, a contar pelas experiências anteriores, ele só deve acreditar na sua candidatura pelo partido de Henrique e Garibaldi quando assinar a inscrição no pleito. Antes disso, depois de várias pré-candidaturas abortadas, não dá para levar a sua participação nas eleições 2012 a sério. Outra. O PMDB pode até lançar Hermano, mas nada impede que “seja na brinca”, tal como ocorreu com o apoio de mentirinha que foi dado a Fátima Bezerra em 2008.

Garibaldi, muito preocupado que estava com a eleição de Fátima Bezerra, em 2008, que tinha a possibilidade real de ir para o segundo turno, foi assistir a apuração em Mossoró com Rosalba, que apoiou Micarla de Sousa.

Rogério Marinho está à mercê da governadora. Se tivesse sido eleito em 2010, vamos ser sinceros, não estava esperando o aval de ninguém. Mas ele é suplente de Betinho de Rosado, que foi puxado para a secretaria da agricultura pela governadora para manter Rogério no posto de deputado federal. Por enquanto, só o DEM, em tese, pode caminhar com ele. Porém, na situação de péssima avaliação em que Rosalba se encontra, a rosa, como chama o jornalismo bajulatório, só poderá entrar com a “estrutura”. Se o negócio não melhorar, é bem possível que tenha até de ser “escondida”.

E Wilma? Alguém acredita na candidatura dela? Com todos os poréns (processos, estratégia, necessidade de cobrir as eleições em outras cidades pela presidência que ocupa do PSB no RN, grande possibilidade de derrota, o que tornaria sua vida política mais difícil, etc)? Bem…

Tem também o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), que por enquanto e ao que tudo indica, marchará sozinho.

Eu esqueci de mais alguém? A reeleição de Micarla? Preciso analisar? Não, né…

Portanto, quem é que reúne grandes apoios? Ninguém… até porque o momento é de parcimônia.

Quem não vem esperando são os que querem melar a candidatura de Carlos Eduardo.

ESTIMULADA NÃO VALE?

Outro fato super enfatizado é que 70% dos natalenses ainda não fecharam com um candidato. Obvio! Num momento tão longínquo do período eleitoral só quem pensa em política é quem, conforme Weber, vive dela ou para ela.

No entanto, de acordo com pesquisa, eleitores já sinalizam que recusarão a novidade e que seguirão para um porto seguro, para uma pessoa experiente. Estão com medo de apostar numa Micarla II.

E o outro dado interessante é que, na pergunta estimulada, em que uma lista com prováveis nomes é apresentada para o eleitor, Carlos Eduardo aparece muito bem posicionado. E este posicionamento permitirá, caso ganhe certa estabilidade, conforme vem ocorrendo, que o ex-prefeito feche bons apoios, motive a militância e consiga arrecadar quantidade considerável de recursos para a sua campanha. É a lógica.  Afinal, normalmente, os agentes não querem se unir, investir e não se motivam com candidatura perdida.

Tudo pode ser alterado? Pode. Há inúmeros exemplos históricos. Só que não dá para simplesmente desconsiderar o dado e jogar tudo no lixo.

Se fosse o candidato da simpatia dos “analistas”, com certeza, a reflexão seria outra.