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O fim do Megaupload: sabotagem industrial?

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A derrocada de um dos maiores sites de compartilhamento do mundo pode mascarar uma das maiores conspirações industriais dos últimos tempos.

Há algumas semanas o fechamento do site de compartilhamento Megaupload causou polêmica no mundo inteiro. O caso teve ampla cobertura e, em seu rastro, alguns sítios também cancelaram seus serviços de compartilhamento e outros deletaram vários links suspeitos de pirataria. Um pequeno caos virtual foi instalado e ficou a dúvida sobre o futuro da liberdade na internet, fato o que alavancou inúmeros protestos e ataques virtuais à várias instituições governamentais dos EUA.

O site foi banido pelo FBI e os donos foram presos. Eles respondem, entre outras acusações, por lavagem de dinheiro e distribuição de conteúdo pirata em massa, segundo  a versão oficial publicada logo após o frisson do fechamento do site no ultimo dia 20 de Janeiro.

Perambulam pela rede outras versões para os supostos motivos que levaram ao fechamento do site. Desde perseguição política  às intenções regulatórias do SOPA e do PIPA, leis americanas que arrochariam o cerco a pirataria digital. Mas uma dessas teorias é ainda mais contundente: a boa e velha conspiração.

Os grandes estúdios de cinema e chefões do ramo fonográfico estariam mais preocupados é com uma ferramenta que Kim Dotcom, o fundador do Megaupload, estava prestes a lançar e que revolucionaria de vez a indústria cultural. A ferramenta se chama Megabox e já está em fase de testes. O grande diferencial é que o Megabox tomaria o lugar dos selos fonográficos, sendo o intermediário com o autor, que neste modelo receberia até mesmo pelo download gratuito, graças a um dispositivo chamado “megakey” que capitalizaria os downloads, prometendo até 90% de ganho para os artistas.

Caso o “Megabox” ou outra ferramenta desse mesmo calibre seja lançada na internet, podemos dizer que realmente seria o fim dos grandes selos e distribuidores em geral. O modelo antigo de negócio que já vem se arrastando na obsolescência há uma década seria fulminado, dando espaço a um novo mercado de distribuição mais intimista, modulado e democrático. Evidente que isso não deve ter agradado muito aos grandes líderes do entretenimento que, irresolutos, se recusam a largar o osso. Até quando?

Com o desdobramento do caso saberemos mesmo se estávamos diante de uma grande conspiração, uma das maiores dos últimos tempos. E aguardamos que novos modelos de negócio se estabeleçam na internet, pondo fim à celeuma  da pirataria, beneficiando consumidores, artistas e toda a sociedade.