Existem aqueles que amam demais. Entre uma e outra cerveja afirmam: “confundo sexo casual com Eu te amo“. Motivo de vergonha. Esse tema é, inclusive, o eixo central do personagem principal de, “How i meet your mother”, o “novo Friends“, exibido no Brasil pelo canal FOX Life. No seriado, tudo parecia correr bem entre duas pessoas que começavam a se conhecer. Então, no primeiro encontro, o homem diz: Eu te amo. Depois disto, tudo vai por água abaixo.
Esse fato é uma boa caricatura para as formalidades criadas frente ao sentimento que conhecemos por amor. São necessários ritos. Mas esses ritos são diferentes dos descritos pela raposa no clássico “O Pequeno Príncipe”: de olhar sem fingir que olha, de chegar no mesmo horário e local esperando encontrar alguém. Trata-se de outros ritos.
Parecem ter racionalizado até o amor. Amar em um mês é ridículo. Criou-se até uma escala. Primeiro se gosta. Depois se apaixona. Depois de muita experiência com a paixão, ela transforma-se em amor. A histeria emocional e racional da Modernidade parece ter invadido até mesmo os sentimentos. Alguns dizem que só é possível amar depois de 6 meses de namoro, entre outras curiosidades.
Depois que crescemos, que nos tornamos “racionais e sérios”, banalizamos os sentimentos que tínhamos quando criança. Quem nunca amou ao primeiro beijo quando pequeno? Amor à primeira vista é bobagem, apesar de uma série de pesquisas demonstram que conhecemos nossos possíveis amores até mesmo pelo cheiro. Existem indícios para acreditar na tal da “química” entre os amantes.
Quem nunca amou sem sequer beijar o amado? Só ao segurar sua mão? Não que nossos sentimentos de criança fossem mais puros. Eram apenas menos racionais. Eram, assim, puramente… sentimentos. Mais sentimento e emoção e menos racionalidade e precisão.
Afinal, nos dias de hoje, quanto tempo é preciso para se dizer Eu te amo?