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Casa de show desafia lei do silêncio em Natal

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A casa de show Baladinno, situada na Av Prudente de Morais, desafia a lei do silêncio. Em que pese todos os protestos e reclamações da vizinhança, que já passam de duas dezenas, o Bar apenas recebeu advertências verbais.

As ligações dos moradores de candelária durante as noitadas já foram tantas que o 190, número da polícia, nem mais atende as chamadas.

Os moradores, desesperados, já entraram em contato com Delegacia do Meio Ambiente, Promotoria do Meio Ambiente, Semurb e nada. Até a delegacia do idoso foi acionada, já que uma vizinha da terceira idade não consegue descansar há meses em decorrência da festança. “Só durmo a base de remédio controlado”, sentencia.

Tem gente vendendo sua casa para fugir do aperreio. “Eu não acredito que alguém possa fazer alguma coisa. Essa algazarra já têm dois anos”, revelou uma moradora indignada, que preferiu mudar para outro bairro do que esperar a ação das instâncias competentes.

Além do som alto, que já seria suficiente para fechar o estabelecimento, a frente do mesmo é tomada por paredões, pista de arrancada, carros estacionados em locais impróprios, etc.

Mostrando que veio para ficar, a casa de show comprou residência vizinha e ampliou o espaço, sem se preocupar em tornar a acústica compatível com a razão de ser do comércio.

CONIVÊNCIA ESTATAL?

Os moradores denunciam que pouco tempo antes de o representante do poder público aparecer com o medidor de decibéis, o dono da casa de show abaixa o som.

“Ele só pode ter uma peixada lá dentro”, disse outro cidadão que também se sente incomodado com o som.

Ainda assim, ele já foi flagrado várias vezes com o som muito além do permitido e nada. O dono do estabelecimento recebe uma advertência, às vezes, uma ameaça do representante do poder público, que alega que vai fechar a casa, caso ele continue com a conduta inapropriada. Porém, o dono dá de ombros e continua a promover os muitos shows de Forró, que, em alguns casos, chegam a começar na quarta feira e só terminam no domingo.

TÔ NEM AÍ

Há processos na justiça que correm à revelia, ou seja, a parte reclamada (o dono da casa de show) já faltou à audiências movidas contra ele.

O descaso é sistêmico.

O dono do bar ainda pede, ainda conforme os moradores, para seus amigos aumentarem o som dos seus paredões na frente da casa das pessoas que estão denunciando a algazarra.

Natal é terra de ninguém.