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#combustivelmaisbaratoja: pressão parou, preço aumentou

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Os postos, pressionados pela sociedade civil organizada, e pela possibilidade da venda de combustível em supermercados, mantiveram os preços numa condição positiva. A gasolina, por exemplo, retornou a um valor que há muito tempo não era praticado. Era possível encontrar o litro sendo comercializado a R$ 2,55.
A conjuntura não era favorável para o SINDIPOSTOS. A sociedade lutava fortemente para que a Câmara Municipal do Natal alterasse a lei que impedia a venda de combustível nos supermercados da cidade. Por isso, o preço acessível naquele momento era estratégico, pois passava a ideia de que os empresários poderiam, perfeitamente, praticar um preço competitivo e justo, secundarizando, portanto, a necessidade de liberar a entrada de mais concorrentes no setor.

Porém, atentando contra o ingresso das cadeias de supermercados, a maioria dos vereadores se mostraram contrários a alteração. As desculpas para ir de encontro ao desejo dos natalenses foram as mais estapafúrdias – risco iminente para a população, estabelecimento de dumping por parte dos supermercados e até a defesa da soberania nacional serviram de subterfúgios (pseudo) argumentativos para atender os interesses dos varejistas donos de postos.

E aí, já conhecendo o potencial crítico do movimento organizado em torno da tag #combustivelmaisbaratoja, os empresários do setor não alteraram os preços baixos que vinham praticando.

No entanto, foi só a poeira baixar que o combustível subiu. Hoje os postos já comercializam a gasolina a R$ 2,69, voltando ao valor que trouxe certo “desconforto” para a população no momento da votação do projeto.

É preciso não esquecer, até como resposta a esses oportunismos, digamos, “mercadológicos”, que no início do ano que vem, o projeto do vereador Raniere Barbosa, que pede o aumento da concorrência no setor, atendendo ao anseio da população, poderá ser novamente apresentado e votado.

A sociedade, neste sentido, não pode perder o espírito crítico. Tem de voltar a reivindicar a mudança na lei municipal e lutar por uma condição de mercado mais justa para o natalense. Pedir que o vereador sufrague sua escolha em favor dos representados não pode ser muito, pode?

PS. Não há nada que justifique o último aumento..