Tem um ditado que diz que “há males que vem para o bem”. Pensando assim, o fiasco Batman & Robin (1997) de Joel Schumacher fez com que todos os filmes baseados em HQ dali por diante deveriam ser levados mais a serio. Schumacher havia se inspirado na cômica série de TV Batman & Robin, mas parece ter se esquecido que o tom cômico era exigência de uma época em que os EUA viam comunistas em todos os lugares, por isso, o Batman dos quadrinhos, sombrio como ele era, traumatizado pela morte dos pais, não foi aceito pelos executivos da TV que optaram por algo cômico. Mas os tempos mudaram e Hollywood aprendeu que, se quisesse lucro, deveria ouvir os apelos dos inúmeros fãs do homem-morcego que pediam uma versão séria no cinema, algo que se comparasse ao Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, uma verdadeira obra-prima das histórias em quadrinhos, ou graphic novels para ser mais exato. Foi então que Christopher Nolan (Amnésia, A Origem) fez a adaptação ao cinema que o herói tanto merecia.
Agora, após dois excelentes filmes, Nolan anuncia o fim da trilogia de uma maneira que deixa brecha para especulações quanto à possível morte do herói, impedindo assim a continuação da franquia por outro diretor que não respeite a peculiar e bem sucedida visão que dedicou esses anos ao personagem. Especula-se também que após o último filme do diretor no universo da fictícia cidade de Gotham, haverá um reinicio, partindo do zero, com outro diretor, assim como estão fazendo com a franquia Homem-Aranha após a saída de Sam Raimi, responsável pela primeira trilogia. Mas, por enquanto, só resta esperar, embora o cartaz divulgado nesses últimos dias anuncie um desfecho bastante sombrio.
A estréia no Brasil está prevista para 27 de julho de 2012.