Em andanças pelos bares de Natal escuto um depoimento fantástico que pode nos dizer muito sobre a forma como mobilizamos nossas ações pré-reflexivas (ou seja, impensadas e automáticas). O fato foi que uma patricinha bem arrumada e cheirosa dirigia-se ao Budega Bar (ali perto do Cefet e mais perto ainda do Pastelanches) e no meio do caminho dá de cara com um homem alto, bonito, bem vestido etc. (a leitura: só pode ser mocinho) Ela logo pensa: Nossa que “bichinho”, vou paquerar. Ao que o homem percebe e responde:
– Passa bolsa
– Como?
– Isso mesmo, silêncio e passa a bolsa…
Enfim, a coitada ficou chocada, não é pra menos. Ele não pediu um beijo, mas a bolsa. Tempos modernos querida. Não era mocinho, era vilão. Eu já tinha escutado falar de pessoas que ficaram lisas quando começaram a namorar pois passaram a gastar muito com o parceiro. Agora ficar liso só por paquerar, pra mim isso é novidade…
Não confiem na estética..