O Senador José Agripino só pode estar com o juízo nos pés, o que é bom para a plataforma discursiva do governo.
Levantar a discussão sobre as supostas vantagens do modelo de concessão, que regulamenta a relação entre setor público e privado na extração do petróleo brasileiro, significa defender um modelo privatista, que foi massacrado nas urnas em 2006.
O modelo de concessão será rapidamente associado as privatizações de FHC e a coisa do tipo – “Ah, José Agripino é contra ao fato de que o ‘Petróleo deve ser nosso’”.
Não é possível afirmar que o modelo de concessão é propriamente um modelo privatista. Porém, se comparado ao mecanismo de partilha, é o que mais se aproxima dele. E como sabemos que publicitários, principalmente os de campanha, não se preocupam muito com questões epistemológicas sobre a validade das afirmações, os marketeiros de Dilma terão um prato cheio.
Não diria que ele está dando munição, mas um exército inteiro para o governo..