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Especial: Da Correção Política à Censura

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De prescrições aos usos das palavras feitas em uma língua a imagens “melhoradas” por programas de computador, a correção política parece se entranhar cada vez mais em nossos hábitos sociais. Na tentativa de evitar o enfrentamento e calar o preconceito, criamos regras de etiqueta para as situações mais inusitadas. E, por vontade própria ou pressão social, acabamos sendo submetidos a elas. A partir daí, para esse pecado que nós mesmos inventamos, achamos nosso perdão: nos tornamos seres politicamente corretos.

Em nome do bem comum e da inclusão social, defensores da correção política ditam normas para o “bom convívio” entre os cidadãos. O “pode daqui”, “não pode de lá” visa criar um ambiente harmônico e estéril garantindo a manutenção do status quo. E, para isso, além de te ensinar como se portar à mesa e a usar seus talheres, te mostram a forma mais civilizada e menos conflituosa de flanar entre seus iguais por assuntos potencialmente polêmicos.

Do outro lado, em nome do mesmo bem comum e da mesma inclusão social, estão os opositores da esterilidade imposta pela correção política. Esses de cá acreditam que os de lá se valem de uma moral da qual não compartilham tentando, a todo custo, imbecilizar o cidadão até que ele não saiba mais qual a sua própria opinião sobre um determinado assunto. Para os de cá, a correção política não leva a lugar nenhum a não ser o completo e total obscurantismo.

Independente de que lado você está, a realidade é que esse assunto, hoje, afeta pessoal e intransferivelmente cada um de nós em nossas esferas mais íntimas. E, por isso, precisa ser abordado de forma clara em suas causas e em suas consequências.

Por acreditar que essa discussão deve ser bem mais ampla e bem mais aprofundada do que como vem sendo feita atualmente, o Portal Carta Potiguar preparou uma série especial intitulada Da Correção Política à Censura. Ao longo desta semana publicaremos uma série de artigos relacionados ao tema. Nossos colunistas e convidados se dispuseram a discutir a questão partindo de diferentes premissas com o intuito de desconstruir, sem melindres, o mito dicotômico da correção política enquanto salvação ou danação eterna.

É com imenso prazer que abrimos a primeira série de artigos organizada pela Carta Potiguar e convidamos todos vocês a participar da discussão em busca do tão desejado bem comum.

Aos colunistas e convidados que, com seu esforço de pensar uma sociedade melhor, fizeram a realização desta série possível, ficam nossos mais sinceros agradecimentos.

Sejam bem vindos. Acomodem-se e preparem-se. Essa semana promete.

Equipe Carta Potiguar

[Sobre a Série]
Organização:
Uiara Nunes e Chrystal Caratta
Edição de Arte: Angel Fragallo

Colunistas e Convidados: (clique nos títulos para ler)

Arthur Dutra – Os guardiões da chave do Paraíso
Pedro Paulo – Não vale generalizar
Madame Borboleta – Evitando a fadiga em berço esplêndido
Roberto Van Bosch – Breve consideração sobre a censura
Chrystal Caratta – O ser e o tempo da publicação editorial
Gilson Rodrigues – Sobre escolhas impostas, cachos e pranchas
Alyson Freire – Politicamente incorretos ou Do riso perverso
Dinix – A nova ética da publicidade no Brasil
Thiago Leite – Pela crítica contra a censura – Parte I e Parte II
Uiara Nunes – Censura Literária: o caso da Divina Comédia
Félix Maranganha – A síndrome do cabresto ideológico
Gustavo Barbosa – Carnaval e Candomblé
Daniel Menezes – Morte aos gatos
Carlos Freitas – Gramática moral da Correção Política
Regina Miraaz – Nem toda nudez será castigada
Alyson Freire – As controvérsias do politicamente correto

Agradecimento